Apenas a mobilização de todos os pátios e guinchos do Estado de São Paulo, para mostrar força e capacidade de organização, poderá salvar o setor da PPP (Parceria Público-Privado). A afirmação é de um  deputado federal. O Deputado participou da assembleia geral convocada pela Appagesp (Associação dos Proprietários Pátios e Guinchos do Estado de São Paulo). O encontro foi realizado sábado, dia 23, na sede do CPP (Centro do Professorado Paulista), em Santa Cruz do Rio Pardo (350 km de São Paulo).

O Deputado chegou de helicóptero e destacou a importância da mobilização e da representação política, sobretudo para uma categoria que passa por adversidade.

“É preciso que vocês (empresários) mostrem que estão organizados, que são capazes de manter os serviços à população com a qualidade que o estado de São Paulo precisa. Busquem uma representação política, elejam deputados que possam representa-los. Isso faz parte do processo democrático. Caso isso não ocorra, infelizmente não há saída. Ainda que digam que a PPP não vai sair, posso garantir que é uma questão de tempo”, disse.

Atualmente, segundo dados da Appagesp, o Estado de São Paulo conta com 144 pátios permissionários. Em sua maioria, são empresas familiares de pequeno e médio porte que estariam inaptas a concorrer numa licitação de acordo com o modelo de PPP. O Deputado explicou que a questão é prática e visa a gestão. “Não faz sentido o governo manter esse sistema com um grande número de empresas, tendo que controlar e administrar esse serviço, sendo que pode abrir uma licitação única e contratar uma empresa apenas para tomar conta de tudo. Fica mais fácil controlar, mais fácil negociar e cobrar qualidade dos serviços”, ponderou.

Ele lembrou ainda que da forma como está, não pode ficar. Inclusive os empresários concordam que é necessária uma reestruturação do segmento de pátios, com regras mais rígidas, controle de qualidade e eficiência. “Tenho certeza que o governo não será insensível à causa dos senhores caso veja o setor organizado, representativo e com capacidade para a mudança. Não é desejo do Estado inviabilizar empresa nenhuma, mas é desejo do Estado que o cidadão tenha o melhor serviço público possível. Mostrem o que você podem oferecer e se mobilizem. E isso é para ontem”, disse o Deputado.

“Podemos levar à Assembleia Legislativa, como deputado estadual, a preocupação dos senhores com o impacto que a PPP poderá ter. Dentro do Estado Democrático de Direito, a representação é necessária. É ela que permite que muitos problemas sejam resolvidos”, disse.

Durante a assembleia da Appagesp, o deputado estadual colocou seu nome à disposição dos associados e demais empresários, destacando a importância da representação política para lutas como esta. “Vamos analisar como vocês podem ser incluídos nesse processo de restruturação, sem provocar todos estes problemas que foram relatados (fechamento de empresas e desemprego). É para isso que estamos na política, para ouvir as necessidades dos setores e representa-los da melhor forma possível, gerando bem estar social”, garantiu.

O encontro reuniu centenas de empresários e reforçou o compromisso da diretoria da Appagesp em lutar em defesa da categoria. Entretanto o presidente da entidade, Fernando Carvalho, fez um alerta. Não adianta correr cada um por si. Se não nos unirmos, nossos pátios simplesmente deixarão de existir. Mas se reagirmos, unidos, juntos, ainda poderemos reverter essa situação”, disse.

A reunião deste sábado contou com a presença de Robson Neves, presidente do Segresp (Sindicato das Empresas e Proprietários de Serviços de Reboque, Resgate, Guincho e Remoção de Veículos do Estado de São Paulo), do presidente do Singuesp (Sindicato dos Guincheiros Removedores de Veículos do Estado de São Paulo) Francisco Pereira, o Chicão, e da presidente do Apsitran (Associação de Psicólogos de Trânsito de São Paulo) Maria Aparecida da Silva Tozato.

G&C Comunicação:

Carlos Rodrigues – Assessor de Imprensa / (14) 99794-9077