O mundo muda e quem quer sobreviver nele tem que mudar junto. A campanha para a presidência da República de Marina Silva é prova disso. Nem precisaria de horário eleitoral em rádio e TV. Sua campanha na internet, principalmente nas redes sociais, já basta para atrair novos eleitores. Ela dispõe de apenas 2 minutos diários, um tempo "infinitamente" menor quando comparados aos dos seus principais adversários, Dilma e Aécio, os quais apresentam verdadeiras novelas durante seus programas nos horários nobres.

Não é novidade que muitas coligações ainda se formam em razão do tempo do rádio e da televisão, mas isso é passado. Não funciona mais. Independentemente de ser eleita, em alta nas pesquisas, Marina já provou que a internet é capaz de subsidiar com informações e dar poder de decisão para a maioria dos brasileiros. Coisa que o horário eleitoral gratuito no rádio e na TV não faz. Além disso, em tempos de internet com banda larga e TV a cabo quase mais ninguém ouve ou assiste a este circo.

O mundo mudou e está mais dinâmico. Até nas residências muitas pessoas quando chegam em casa ao invés de ligar a TV ou o rádio ligam primeiramente o computador. Isso sem contar os dispositivos móveis (tablets, celulares, smartphones) que dão informação em tempo real. Não nos contentamos somente em receber informações. Vamos atrás delas. As procuramos de acordo com nossos interesses. E quando encontramos algo que consideramos útil que outras pessoas saibam, até divulgamos. Muitos chegam a produzir conteúdo. Isso acontece principalmente nas redes sociais, onde aldeias de conhecimento são acessadas e formadas a cada minuto, sem haver um ponto de partida ou de chegada.

Isso é ruim para os políticos com conceitos antigos, os quais acham que emporcalhar as cidades com santinhos, outdoors, carros de sons, cavaletes e ter um tempo maior no rádio ou na TV podem definir uma campanha. Nos tempos atuais quem pode realmente definir uma eleição é o poder intangível da web. Este poder não pode ser comprado. Só almejado. Pois a internet é sem dúvida único meio democrático de informação e comunicação, onde ricos e pobres se igualam, basta ter um dispositivo e um link