IBOGAINA PROMETE AUXILIAR NA CURA CONTRA O CRACK E A COCAÍNA

Jornal Tablóide 17/10/2014 - 11:23:09 Cidade

Ibogaína promete 72% de eficácia contra vícios de cocaína, crack, álcool e outras drogas 

Em entrevista coletiva na tarde do dia 16, no Instituto Hermelino Agnes de Leão, antigo Hospital de Saúde Mental de Ourinhos, parte integrante da Santa Casa de Ourinhos, o Dr. Bruno Rasmussen Chaves, que é de Santa Cruz do Rio Pardo, mas presta serviços no Instituto justamente na área de implantação do tratamento dos vícios causados pelas drogas, com a droga Ibogaína, oriunda da planta Iboga, já utilizada em diversos países e conhecida até mesmo no Gabão, país originário onde os jovens iniciam o tratamento com 17 anos, não existindo, segundo o que comentou Dr. Bruno diante da afirmação do rei do Gabão, viciados no país por conta dessa droga.

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Apresentação da Ibogaína em Ourinhos. Apresentação da droga, que vem sendo utilizada no tratamento de dependentes que “querem” abster-se das drogas, deve-se ao fato de já estar sendo administrada no Instituto, um braço da Santa Casa de Ourinhos, que possui dependências aptas a serem administradas a droga Ibogaína, que requer preparações antecipadas, exames físicos e psicológicos, inclusive a abstinência das drogas de vício que não se coadunam com a droga Ibogaína e que durante a aplicação há diversas situações por que passa o cliente, revivendo partes pretéritas de sua vida, com sentimentos outros avançando, tudo no período de 48 horas de duração dos efeitos da Ibogaína.

Não possui efeitos colaterais fora do tratamento.

Ao contrário das drogas que causam os vícios, a Ibogaína não produz efeitos colaterais nos pacientes senão durante a aplicação, suportáveis, mas não do agrado, deixando o paciente ansioso pelo término do tratamento que deve ter acompanhamento médico.

Ibogaína já foi testada na Unifesp com resultados satisfatórios.

Sempre de acordo com o que Dr. Bruno expôs, a planta africana já foi motivo de testes na Unifesp – Universidade Federal de São Paulo, pelo seu departamento de Psiquiatria o qual fez parte como um de seus idealizadores desde seus conhecimentos adquiridos nos Estados Unidos sobre a planta Iboga, com 75 pessoas entre 2005 e 2013, homens e mulheres sendo tratadas pela Ibogaína com resultados satisfatórios, pois a droga atua diretamente no cérebro do paciente interrompendo a fissura (que torna o indivíduo dependente), reequilibrando neurotransmissores, citando a dopamina de exemplo. “Isso normaliza o estado de humor e interrompe a vontade pela substância química”, completa Bruno Chaves, interrompendo o vício em cocaína, crack, álcool e outras drogas em até 72%, comprovados com mais de 10 pacientes tratados no hospital de Ourinhos, inclusive oriundos de outros países onde este tratamento de Ourinhos já é conhecido.

Registro no Canadá custaria 02 milhões para vir para o Brasil poder produzir a Ibogaína onde o custo cairia vertiginosamente

Os fatores de tratamento são todos satisfatórios segundo os experimentos já realizados e os inúmeros casos tratados no exterior, já largamente reconhecido mundialmente, no entanto, a droga é produzida e possui registro no Canadá, devendo ser importada para o Brasil para cada tratamento específico, o que torna cara e dificultosa sua aquisição, chegando a demorar 30 dias para sua chegada em valor aproximado de R$6.000,00 a dose que chega no máximo a 2mg por paciente específico.

Não há interesse das farmacêuticas em adquirir o registro. Indagado sobre uma possível produção nacional da Ibogaína, Dr. Bruno Chaves comentou que seria necessário que uma indústria farmacêutica comprasse o registro para o Brasil, mas por desinteresse financeiro, porque logo que aqui estiver registrada a droga por um laboratório todos os outros podem se locupletar desse registro que foi pago pelo primeiro, daí nenhum laboratório se habilita a ser o primeiro, além de que a venda de outras drogas de combate aos vícios estaria abalada com a supremacia da Ibogaína sobre as outras, ou seja, é quase que impossível que o registro venha por intermédio das farmacêuticas, mesmo com um valor de dimensões irrisórias.

Por quê o Estado não compra o registro para o Brasil e fornece a todos pelo SUS ?

Daí mais uma indagação: Se os laboratórios não têm interesse, como uma necessidade o Estado poderia avocar para si, comprando por intermédio de laboratórios governamentais o registro para produzir e até fornecer para as farmacêuticas brasileiras para produção e comercialização, o que “baratearia” o custo final a ponto de os brasileiros de baixa renda poderem fazer uso da droga além de que poderia ser administrada também pelo SUS – Sistema Único de Saúde, donde muito dinheiro público seria economizado e viabilizaria automaticamente uma contrapartida na compra do registro para o Brasil.

Em Ourinhos, somente atendimentos particulares.

O antigo Hospital de Saúde Mental, hoje Instituto Hermelino Agnes de Leão, é alvo de críticas da população que diz, não é atendida como era, ou seja, não há mais internamentos ou pacientes tratados pelo SUS, mas segundo informações, somente há atendimentos particulares, embora a Santa Casa não seja, ainda, uma entidade completamente privada e sim pública, dependente do dinheiro público, e a oferta de serviços nessa área, contra os vícios causados pelas drogas com o tratamento realizado pela droga Ibogaína, é totalmente particular, ainda não havendo qualquer pretensão de atendimento pelo SUS aos pacientes menos favorecidos.

Tratamento a dependentes menores pelo SUS somente em Londrina ou Assis.

Os possíveis viciados em drogas, portanto, já possuem um local, ou seja, um hospital para tratamento dos vícios, mas apenas com serviços particulares, ainda não sendo admitido que se faça pelo SUS, mas Ourinhos vive momentos difíceis com o alastramento das drogas em crianças e adolescentes, não existindo qualquer tratamento aos atingidos pelos vícios, sendo os hospitais mais próximos em Londrina e Assis, e aí?

Vício então custa seis mil reais por paciente.

No entanto, tendo dinheiro, o paciente particular, inclusive os menores de 18 anos cujos pais tenham interesse no bloqueio do vício de seus filhos que querem se livrar dessa desgraça, podem se utilizar do Instituto Hermelino Agnes de Leão para tratamento.

Após o tratamento, que dura 48 horas, os pacientes devem fazer um tratamento psicoterapêutico para que não volte a se drogar, pois não haverá vontade diante do fechamento da fissura, voltando às atividades normais, estudar e trabalhar.

Tratamento com Ibogaína somente é fornecido em Ourinhos, por enquanto.

Por enquanto esse tratamento com a Ibogaína somente é fornecido em Ourinhos, pelo Dr. Bruno Chaves, podendo vir a ser oferecido, em 5 ou 10 anos, em todo o Brasil, sendo certo que foi anunciado à imprensa os efeitos da planta Iboga no dia 29 de setembro de 2014.

Participaram da entrevista, além da imprensa local, o secretário municipal de desenvolvimento econômico, José Claudinei Messias, o terapeuta ocupacional Eduardo Gil e o diretor da Santa Casa, Vagner Breve.

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