BRASIL: QUE PAIS É ESSE?
Circula pelas redes de comunicação, pedido para o engajamento de médicos e profissionais da área da saúde, no programa MÉDICOS SEM FRONTEIRA. Tal iniciativa deve-se a uma Organização Não Governamental, preocupada com a situação da saúde pública em países carentes, principalmente, os da África e parte do Leste Europeu. Seriam profissionais brasileiros, que teriam que se deslocar para as citadas partes do mundo, para atender a população daqueles países. Interessante. O pedido, dramaticamente, suplicado, pela organização, é justificado ante as várias doenças endêmicas que assolam aquelas terras, que, coincidentemente, são as mesmas das regiões norte e nordeste do Brasil. E, absurdamente, não se observa nenhum movimento de tal classe para atender e estar presentes com os doentes dessas regiões brasileiras. Tal ação da organização, entretanto, reflete, justamente, a política dos nossos governantes, que, com mil problemas, em todas as áreas, deixa de alocar recursos para a sua solução, preferindo, ao invés, direcioná-los em metas absurdas e incompatíveis com a nossa realidade econômico-financeira. Assim, ao contrário do óbvio, o governo gasta bilhões de reais para sediar uma copa do mundo de futebol e outros bilhões serão gastos com a Olimpíada, sabendo-se que tais quantias são frutos de vários tributos, que são impostos à nossa população. O Brasil não tinha e não tem condições técnicas e morais para sediar tais eventos. Com parte desse dinheiro, seria possível envidar todos os esforços possíveis, para amenizar a falta de água, com a perfuração de centenas de poços artesianos, cuja base seria o aquífero guarani; a estruturação das escolas, que, por sinal, ou inexistem ou, então, estão sendo substituídas por casas, cujo chão é de terra. A aplicação de verba na educação é uma imposição lógica, já que, em pleno século XXI, mais de 15.000.000 (quinze milhões) de brasileiros, ainda são analfabetos, dado que preocupa o futuro da nação. Não é possível desviar tantos recursos, para as competições citadas, quando, no país, NÃO EXISTEM ESTRADAS E NEM SILOS PARA O ESCOAMENTO DE NOSSA PRODUÇÃO AGRÍCOLA. Só se incentiva o consumo. Onde estão os investimentos, para a criação de empregos? A preocupação única do governo atual, é o clientelismo, ou seja, aumentar a renda da bolsa família para que possa, em troca, receber os votos desses pobres irmãos, que, na maioria, é semianalfabeta. Por derradeiro, esse mesmo governo lança a campanha pobreza zero, para, sem se entender, tentar erradicar a mendicância, como se isso fosse possível. Assim, de agora em diante, quem vir algum mendigo na rua, tem que prende lo ou acionar as autoridades, já que, em tese, estará ele desviando verba pública que, pela lei, estaria recebendo.