FILME “CARTAS DE OURINHOS”, DE JOEL YAMAJI, SERÁ LANÇADO NESTA SEXTA-FEIRA, NO TEATRO MUNICIPAL

Prefeitura M. de Ourinhos 09/05/2013 - 10:16:06 Diversos

Noite contará com outras duas produções locais realizadas através do edital de cultura

Nesta sexta-feira, 10, os três filmes produzidos com patrocínio do Edital de Fomento à Cultura da Prefeitura de Ourinhos serão exibidos no Teatro Municipal Miguel Cury a partir das 20h30. Os documentários “Cartas de Ourinhos”, de Joel Yamaji; “Oleiros”, de Lucas Silva e José Luiz Martins; e “A Banda do Seu Américo”, de Luiz Carlos Seixas, serão apresentados publicamente pela primeira vez.
A iniciativa da apresentação dos filmes foi do secretário municipal de Cultura, Fernando Henrique Mella Ribeiro (Cavezali). “Os três filmes são resultado do bom trabalho realizado na gestão anterior através da Lei de Fomento à Cultura e consideramos muito importante apresentá-los ao público ourinhense”, disse o secretário.
“Oleiros”, conta um pouco sobre o desenvolvimento da cidade através das cerâmicas no início na década de 1.920 na vila Odilon, e “A Banda do Seu Américo”, faz um registro sobre os pioneiros das bandas de coreto e as origens musicais da cidade.
O filme “Cartas de Ourinhos”, de Joel Yamaji, cuja finalização se deu neste ano, não é uma produção convencional, de acordo com seu diretor. O filme evita a tendência do jornalismo televisivo fundado no modelo de perguntas e respostas. Personagens da cidade, professores, poetas, músicos, uma atriz, jovens e velhos moradores participam da produção.
Segundo o diretor, os participantes acabaram contribuindo com o aspecto criativo. “Não se fez um filme sobre a cidade, mas com a cidade, de igual para igual. Sempre foi intenção, no projeto, incorporar os moradores na feitura do filme como cúmplices e não como objetos de investigação. O cinema, desta forma, acaba por ser expressão de todos os que dele participam, expressão da comunidade que o gerou”, comenta Yamaji.
“Cartas de Ourinhos” é uma costura, um mosaico das muitas personagens e instantes que, escavadas durante a pesquisa, num determinado momento, acabaram passando para dentro do filme, conforme o diretor. “É um filme afetivo e de reconhecimento à cidade que me deu a formação mais inerente, a que nos acompanha e nos sussurra para sempre: aquela que vem da infância e da adolescência”, revela Yamaji.
Dois locutores – um, nos dias de hoje, e outro, dos anos 40 – evocam, em seus programas de rádio, o imaginário da cidade, onde, no presente, o passado permanece: ruas de terra vermelha, galpões de madeira, imigrantes no campo e na cidade, ferroviários, o trem; ruínas de olarias e de terreiros de café misturam-se ao mundo contemporâneo. O público terá contato com um documentário poético que mostra, entre as personagens - velhos e adolescentes - uma jovem que, um dia, deixou a cidade e, subitamente, sente a urgência de voltar. Na trilha musical, compositores e intérpretes nela nascidos e crescidos, e que também, um dia, partiram para realizar seus sonhos, como Hermelino Neder, Vânia Bastos, Gil Jardim e Luiz Pinheiro.
Joel Yamaji é Mestre em Ciências das Comunicações pelo Departamento de Cinema, Rádio e TV da ECA-USP onde atua como apoio ao ensino e à pesquisa em Cinema. Cineasta, professor e pesquisador, realizou, entre outros, os filmes “Assembleias” (1977, Prêmio Festival Jornal do Brasil, 1977), “O Espectador que o Cinema Esqueceu” (1991), “Impressões para Clara” (1998 - Prêmio Especial do Júri do Festival Internacional do RJ, Melhor Atriz no Festival do Recife, Melhor Trilha Sonora no Festival Guarnicê-Maranhão), “Nunca me deixe dormir demais” (1998), A Ira” (2003- Melhor Fotografia pela Associação Brasileira de Cinegrafistas), “O Diário de Simonton”, em co-direção com Jader Gudin (2012), “Um Grão de Claridade” (2012), entre outros. É um dos coordenadores do Curso de Formação Profissional em Cinema, responsável pelo núcleo de direção cinematográfica, na Inspiratorium Escola de Cinema e Artes, São Paulo.

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