As ruas do centro de São Paulo se tornaram palco de reivindicações de toda
a Polícia Civil Paulista nesta quinta feira, 11 de julho de 2013.
Uma passeata composta por mais de centenas de representantes dos servidores
da Segurança, vindos de todas as regiões do Estado, marchou da Praça
Alfredo Issa, centro, em direção à Avenida Paulista, passando pela Avenida
Ipiranga e pela Consolação. Locais de grande importância para a Polícia
Civil, como a Delegacia Geral de Polícia e a Corregedoria, também foram
alvo da manifestação, que segundo a organização, teve dois objetivos
principais: exigir do Governo atenção específica à uma pauta de
reivindicações conjunta já apresentada e alertar a sociedade sobre a real
situação da Segurança Pública e as péssimas condições de trabalho da
Polícia Civil em todo o Estado.

A união de todas as categorias policiais, unificando suas principais
reivindicações numa pauta conjunta, foi um dos fatores mais marcantes do
ato, segundo a Dra. Marilda Pansonato Pinheiro, presidente da Associação
dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo: "Esta manifestação é
apenas a primeira de uma série de ações que ocorrerão de agora em diante,
não somente na Capital, mas também em várias cidades do interior. A
Associação dos Delegados nunca teve a greve como objetivo primário,
entendendo que uma paralisação a esta altura tornará a Segurança Pública
paulista ainda mais insustentável, mas infelizmente esta decisão não está
mais em nossas mãos, isso agora será definido pelo Governo do Estado e seu
posicionamento frente às nossas reivindicações".

Além de todas as necessidades apresentadas pelas entidades envolvidas, como
nível universitário para investigadores e escrivães e carreira jurídica
para Delegados de Polícia, os manifestantes chamaram a atenção da população
por onde passaram, alertando sobre a responsabilidade da atual
administração pública pela situação caótica na qual a Segurança Pública
Paulista se encontra hoje, na qual a Polícia Civil é responsabilizada pela
insegurança social, quando na verdade, os próprios policiais civis se
encontram impotentes para exercer plenamente suas funções devido às
péssimas condições de trabalho e falta de reconhecimento que os assola
nesses últimos vinte anos, o que tem levado um Delegados de Polícia a
abandonar a carreira em São Paulo a cada dez dias.

Fonte: Assessoria