DISILUSÃO AMOROSA

Nadir Ferreira da Silva 31/01/2011 - 12:33:22 Artigos

Fabíola relatou: vivíamos maritalmente, eu e Pedro, há mais de cinco anos. Tínhamos uma vida regularmente boa, ele empregado eu manicure. Nossas despesas eram ordenadas, não devíamos nada, nossos salários nos finais de cada mês, sempre cobria nossos compromissos. Geralmente nos finais de semana saíamos, jantar fora, freqüentávamos clubes onde gostávamos de dançar, por sinal éramos bons dançarinos. Embora juntos há tempo não tínhamos filhos, opção nossa, pois pensávamos primeiro estabilidade financeira para depois ter filhos. Nosso relacionamento com a sociedade era sólida, pois só freqüentávamos lugares que transmitia bons costumes e também freqüentados por pessoas de índole elevado. Éramos assíduos freqüentadores de igreja, participava dos eventos, inclusive trabalhávamos-nos mesmos como voluntários. Nosso serviço próximos de nossa residência dispensávamos condução, só trabalhava durante o dia, razão disso, todas as noites estávamos em casa. Nossos pais todos residiam próximos, daí nossas visitas, almoços e jantares juntos eram freqüentes. Pedro um homem desprovidos de vícios, por isso meus pais o admirava muito. Ele só tinha mãe, seu pai havia falecido há tempo, razão disso ela morava com um filho solteiro.. Eu também tinha só uma irm㠓Vera” que era casada, residindo também próximo a casa de mamãe. A harmonia em nossa família era até de fazer inveja, pois todos se respeitavam se dialogava, e sempre existindo entre todos o bom humor, cujo requisito faz a diferença em qualquer ambiente... Em determinada época comecei a perceber algumas mudanças no comportamento do meu companheiro. No inicio pouca coisa mudou ou estava diferente, eu conhecendo Pedro comecei a me questionar. No começo não dei alarme, pensei ser algo passageiro que estava lhe incomodando momentaneamente, mais com tudo eu estava alerta! Quando, ao chegar em casa após o serviço já não vinha a minha presença, entrava no quarto, logo se deitava, ficava em silêncio, já não ouvia mais suas músicas preferidas, falava pouco, não queria saber como passei o dia, enfim, a situação estava se modificando radicalmente. Uma tarde me desesperei e logo que ele chegou do serviço fui ao seu encontro e recebi-o com um abraço, porém, percebi que aquele abraço não foi correspondido, daí foi a gota d’água. Meu amor: o que está acontecendo entre nós, pois percebo uma distância que não havia antes, há razão para isso: se houver diga, pois tudo se resolve através do diálogo. Ele demorou um pouco para me responder, depois disse: não há nada, está tudo bem, só estou indisposto, isso passa!!! O pior é que não passou e a situação foi piorando até que um dia ele falou: meu bem, estou com umas idéias que a tempo vem me perturbando, na realidade brotou do nada e hoje está desenvolvendo e precisamos conversar... Ultimamente estou com uma insatisfação, nada para mim está bem, tem hora que penso em até sumir para sempre, pois a tendência agora parece que é piorar e com isso acho que vou sofrer e fazer você também sofrer... Antes que o mal cresça, a partir de amanhã vou tomar uma decisão, pois não vejo outra saída, daí sairei de casa, vou para outro bairro, vou dar um tempo, você se quiser pode voltar a morar com seus pais, lugar que você ficará segura junto aos velhos. Disse ainda , Fabíola graças a Deus não temos filhos, isto até penso que foi obra dele, só assim é um a menos para sofrer. Aquela noite não dormi, chorei a noite inteira. Logo ao amanhecer ele falou, hoje à tarde após o serviço pegarei minhas roupas e irei morar em outro local, pois espero que consiga melhorar meus pensamentos. Nesse dia não trabalhei, fui até meus pais e relatei o que estava acontecendo. Os velhos coitados como eu também estava inconformados com a decisão do Pedro, porém, disse papai: que se pode fazer você não fez nada de errado, sabemos lá o que se passa na cabeça dele... A pedido da mamãe, posei em sua casa, só no dia seguinte ela me acompanhou, lá em casa notamos que ele havia saído mesmo, pois levou toda suas roupas e alguns pertences.. Telefonei para a firma onde ele trabalhava, fui informado de que ele havia solicitado sua dispensa e saiu do serviço. A partir daí comecei uma luta contra minha vontade, pois estava difícil superar aquela situação, inclusive a falta dele, nutria uma grande paixão por aquele homem que de repente saiu de minha vida, pensando eu sem motivos. O tempo traz remédios e o efeito poderoso vai se fechando a cicatriz deixada em nosso coração. Passaram-se dois anos, só agora soube a razão de sua fuga, pois aflorou nele outras vontades e preferiu atender seu instinto e não conservar junto a mim uma união que para ele já não havia razão de existir, enfim, ele se assumiu a sexualidade e tornou-se um gay assumido. Continuo só, espero que um dia eu encontre um homem que possa juntamente comigo constituir uma família, daí então poderemos ser feliz até o dia em que Deus o permitir. Qualquer mudança de comportamento quando duas pessoas se amam, sempre o sofrimento fica legado a apenas um... É a vida!!!!!!!

Ourinhos Janeiro 2011 Nadir Ferreira da Silva
Pensador
Email: nadirferreirasilva@hotmail.com

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