Estava repousando em meus aposentos, quando percebi que alguém batia palma na frente de minha casa. Notei também que alguém o atendeu e permitiu que a pessoa que estava adentrasse. Já dentro da sala, a visita perguntou por mim, cuja pessoa que estava junto a ela, informou-lhe do local onde eu me encontrava. A visita por seus vês demonstrou interesse em me ver, vontade está atendida, e a fez adentrar ao meu aposento. Era um ancião com vestimenta um pouco rota, chapéu na mão, barba cumprida, em seus pés uma sandália de couro. Logo a porta do quarto fixou seus olhares em toda a dependência, cujo momento deu-lhe permissão e o mesmo veio até a minha cama e obedecendo-me se acomodou ao meu lado sentando em uma cadeira ali existente. Logo ao início do diálogo percebi sua vós um tanto rouca, porém, era bem pautada, com um tom bem regular, falando somente coisas sérias e proveitosas. Falou-me da razão de sua visita, a qual constituía em trazer a paz e tranqüilidade para todos os irmãos que vivem no local sobre o mesmo teto. O diálogo estava tão interessante , pois dado a grande sabedoria pela qual aquele senhor demonstrava em seu modo de colocar as palavras nos pontos mais envolventes que eu até poucas vezes o interrompi, deixando ele a vontade, limitando-me a somente ouvir atentamente suas narrativas. Falou sobre a vida de um modo geral, principalmente em sua maior virtude, a qual consiste em viver sobre a obediência dos mandamentos sagrados, sempre fiel aos compromissos, sem atingir os irmãos com atos desrespeitosos, dando ao ofendido o direito de analisar suas atitudes como humano. Já se passava umas duas horas desde que ele chegou a minha casa, embora eu me sentisse satisfeito com sua presença, perguntei se gostaria de pernoitar, pois dispúnhamos de acomodação para ele. Como resposta: não posso, pois ainda hoje deverei visitar mais alguns lares, cujos locais estão precisando de minha presença, assim como você precisou. Você já deve ter notado que minha visita nos lares dos irmãos é bem aceita, principalmente onde existe esperança e muita fé, sempre pensando que dias melhores virão, só depende do acolhimento de cada um. Em obediência ao nosso pai, cumpro minha missão, pois a ele devo relatar os fatos ocorridos durante a minha estada em cada lar. Sou um fiel e obediente camarada. Sou um enviado do Céu. Este trabalho foi elaborado através do poder da mente do qual o ser humano é possuidor e que para que isto aconteça só precisa fazer o trabalho mentalmente. Quanto ao avaliar quem era o visitante, de onde veio e para onde foi, deixamos a critério de cada um que tiver a oportunidade de ler a mensagem, daí concluir quem seria aquela criatura que de vês em quando faz visita a nossos lares.

Ourinhos Setembro/2010 Nadir Ferreira da Silva - Pensador -