FAMILIA – FINAL TRISTE

Nadir Ferreira da Silva 06/10/2010 - 09:45:42 Artigos

Morávamos em uma cidade do interior do Paraná. Nossa família constituída em quatro pessoas, eu, meu marido e dois filhos menores. Eu professora municipal, meu marido motorista da prefeitura local, possuíamos nossa própria casa, os filhos em idade escolar estudando regularmente. Vivíamos uma vida relativamente boa, pois o que ganhávamos era o suficiente para atenderem nossas necessidades. Porém, contudo o meu marido cultivava um sonho há muito, o qual era se transferir para Curitiba. Sua principal alegação era em função de estudos para nossos filhos, alias até certo ponto justo, pois sendo uma cidade pequena onde morávamos os estudos eram limitados. No início lutei contra essa mudança, pois onde morávamos estávamos bem radicados, empregados, casa própria e outras facilidades que as cidades pequenas oferecem. Tínhamos uma Tia que residia em Curitiba, razão pela qual meu marido resolveu fazer uma visita a essa nossa tia, a qual ocorreu imediatamente. Fomos todos, eu, meu marido e nossos filhos. Permanecemos na capital por alguns dias... Percebi que a vontade do meu marido se se manifestou com mais intensidade, daí perguntei a ele, se sua intenção ainda era a mesma de morar em Curitiba, respondeu-me se sentir tão bem que nem se lembra da cidade em que morávamos... Diante dessa vontade resolvemos então, eu e ele dar conhecimento a tia de nossa vontade, a qual constituía em vir a residir em Curitiba. Logo de início a tia demonstrou contentamento e até ofereceu algumas facilidades que se por ventura ocorresse à transferência. Para nossa acomodação ela ofereceu uma casa onde poderíamos se acomodar. Após um diálogo franco resolvemos se transferir para a capital. Nossa tia vivia só, possuía uma panificadora, onde ela nos trabalhava graças a Deus em pouco tempo conseguimos serviços. Nossos filhos começaram a estudar e a vida apresentava boa visão de melhora, pois logo compramos nossa casa, daí saímos do aluguel. Nossos filhos, o Mauro agora com 17 anos e a Letícia com 15 anos, todos felizes, pois se adaptaram com muita facilidade e com isso fizeram boas amizades junto aos seus colegas da escola. Um dia nossa Tia nos fez uma visita e de conversas com ela obtida, descobrimos sua intenção. Ao qual de início achamos ótimo, pois ela veio oferecer serviço ao nosso filho, pois necessitava um ajudante no seu comércio. Ficamos imensamente felizes, pois era também tudo que ele queria. No dia seguinte iniciou-se o trabalho. Decorrido alguns tempo notamos que ele havia comprado uma moto, indagado sua aquisição, disse ele” que sua tia estava lhe ajudando a paga-lá Porém, as coisas não pararam por ai, pois novos objetos chegavam em casa todos os dias trazidos por ele . Meu marido pediu-me para falar com a tia, pois desconfiava da atitude do filho, considerando com o que ganhava e as aquisições... Com medo da interpretação da velha, afinal era um caso muito delicado. Mas devido a gravidade do problema, um dia fiz uma visita a ela e com muito jeito toquei no assunto... De início ela ficou furiosa e disse se estávamos desconfiando dela, pois se isso fosse ela dispensaria meu filho. Deu trabalho a convencer ela de que nada disto era a nossa intenção, e sim apenas saber o procedimento do nosso filho, o que até certo ponto era duvidoso. Os nervos se acalmaram e tudo voltou a rotina. Decorrido alguns tempo, eu e meu marido trabalhando, estando em casa só a Letícia, quando apareceu o Mauro e disse : peque esse dinheiro aqui, vou sair, não sei se volto, não sei para onde vou, porém, aconteça o que acontecer eu gosto muito de você e do papai e mamãe... Sem mais explicação ele saiu de casa na moto. Minha filha desesperada telefonou para mim e para seu pai, daí logo que chegamos ela relatou o ocorrido. De imediato dirigi-me para a casa da tia , porém, qual meu espanto: lá chegando fui barrada por policiais , pois a casa estava cercada de policia e viaturas por todos os lados.Quando procurei saber do ocorrido, um policial perguntou-me quem eu era, disse lhe ser sobrinha da dona da casa e meu filho trabalha com ela na panificadora. O policial disse então, seu filho enfrentou a policia e foi baleado, está morto. Nessa hora fiquei sabendo que minha tia era traficante e meu filho ajudava ela distribuir as drogas. Fiquei desolada e desfaleci, fui socorrida por vizinhos até minha residência. Esta é a história de nossa família, hoje vivemos nos três, eu meu marido e a Letícia, ainda em Curitiba. Com Saudades do filho que morreu por ter entrado no mundo das drogas. A tia está presa e quando lá fui visitar ela pediu perdão, mais ainda não tenho condições para isso, talvez um dia possa perdoá-la, pois ainda existem muitas cicatrizes vivas em minha mente Esta história é verídica, assim sendo ela trás a nós um alerta, o qual orienta á nós de que devemos ficar sempre atento a qualquer mudança de comportamento que venha a ocorrer com nossos filhos..Esta é uma história que ouvi através de uma emissora de rádio de Curitiba PR. Tratando de um acontecido real, resolvi transcrever, e através do Grupo de Apoio “Amor Exigente”, levar ao conhecimento dos freqüentadores, voluntários e amigos da Entidade , a qual tem seus trabalhos voltados para orientarem seus familiares sobre os nocivos efeitos que qualquer droga produzem nos meios em que vivemos, enfim, todo o cuidado é pouco. Em Ourinhos SP, nosso trabalho é levado a efeito toda ás 2a feiras das 19h30min até ás 21h30min ( para pais e filhos), e ás 5a feiras ás 14h30min ás 16h30min. Local: Centro Pastoral da Divina Providência, Rua Cardoso Ribeiro 270, Centro, próximo a Catedral do Senhor Bom Jesus.

Outubro de 2010 Nadir Ferreira da Silva – Coordenador Amor Exigente

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