O empréstimo é uma modalidade vista por muitas pessoas como
sinônimo de dinheiro rápido e fácil, porém nem sempre ele é necessário

 

Usar o benefício do crédito sem necessidade pode levar o consumidor ao superendividamento. Nesta situação, as pessoas ficam impossibilitadas de pagar com seu rendimento mensal o conjunto de dívidas vencidas, que causa prejuízos graves em seu sustento.

O especialista em educação financeira, Maurício Lima explica qual é o principal motivo da aquisição do benefício de crédito, algo muito corriqueiro e perigoso.

“Recorrer a empréstimos depois do entusiasmo das compras é comum. As pessoas geralmente só tomam conhecimento do desequilíbrio nas finanças, quando chega à fatura. Entretanto, é imprescindível fazer uma boa reflexão antes de pedir empréstimos, afinal, para algumas pessoas mais empolgadas com o consumo, obter mais dinheiro para gastar não será sinônimo de contentamento e realização. Logo a vontade é outra e o ciclo continua”.

Uma pesquisa realizada com mais de 1.700 brasileiros divididos em adimplentes e inadimplentes concluiu que para contratar um empréstimo, eles avaliam pontos importantes como: as taxas de juros, o valor das parcelas e o prazo no qual terá comprometida parte da sua renda. A análise foi divulgada pela Boa Vista SCPC.

Portanto, Maurício destaca que antes de efetuar o empréstimo a pessoa deve ser sincera com seu “eu financeiro” e necessita fazer algumas considerações:

1-      Estou querendo atender a uma necessidade ou desejo?

2-      É de fato um bom momento para fazer uma dívida?

3-      Tenho algum bem que posso vender e sanar o problema?

4-      Já estudei todas as alternativas de crédito?

5-      O preço que pagarei por esse empréstimo, até concluir toda dívida, vale realmente a pena?

O educador financeiro salienta que feitas essas indagações, é sempre recomendado que se faça um “planejamento simulado” antes de tomar o empréstimo, pois este tipo de crédito pode ter suas parcelas descontadas diretamente do contracheque, salário ou beneficios.