Lojistas atestam crescimento das vendas online, mesmo com abertura da flexibilização

Às 16h dessa sexta-feira, 12, Dia dos Namorados, já com a maioria das lojas fechando, a Associação Comercial e Empresarial de Ourinhos (ACE) começou a ouvir alguns comerciantes sobre a experiência de vendas nesta data promocional em plena flexibilização pela COVID-19. “No geral, pôde-se perceber que o comércio deu uma boa reagida, mesmo respeitando as restrições preventivas”, afirmou Robson Martuchi, presidente da ACE. “Para nós, foi melhor que o Dia das Mães”, declarou Camila Pacífico Reveliú, proprietária da loja de mesmo nome.

O Dia dos Namorados demonstrou movimento considerável de veículos nas ruas e de pessoas nos estabelecimentos comerciais. “Acredito que devido a pandemia e o tempo que as pessoas ficaram presas em casa resultou num movimento bem legal como há tempos não tínhamos”, avaliou Renan Faria Mariani, diretor da loja Spasso Esportivo. Segundo ele, sem a FAPI, o seu segmento pode ter sido beneficiado também, já que em tese sobrou mais dinheiro no bolso para a compra dos presentes. Outro aspecto observado por Renan Mariani é que um número maior de casados foram atrás de um presente para o Dia dos Namorados.

O Ourinhos Plaza Shopping, inaugurado no segundo semestre do ano passado, viveu seu primeiro Dia dos Namorados em meio a pandemia, mas de acordo com o coordenador de marketing, Gustavo Herrera, a avaliação foi favorável. “As vendas estão positivas, assim como o feedback dos nossos lojistas”, relatou.

VENDAS ONLINE - Uma novidade neste Dia dos Namorados foi o crescimento das vendas pela internet. A loja Sete, especializada em grifes renomadas de moda feminina, localizada fora do centro comercial, também se disse satisfeita com os resultados. “Muitas namoradas receberão presentes Sete no Brasil todo. A quarentena nos abriu o caminho para que nossas  vendas também se fizessem no ambiente online”, disse Camila Galvanin Dias, sócia-proprietária da Sete.

A loja Camila Reveliú, especializada em ótica mas que também oferece jóias, relógios e perfumes, diz ter se surpreendido com o aumento de suas vendas online. “Estimamos que pelo menos 30% das vendas foram via internet”, revelou Camila. “Parece que as pessoas se acostumaram a pedir pelo whatsapp, mesmo com a abertura da flexibilização muitos ainda optaram pela compra online”, ponderou.

Segundo ela, outro dado interessante é que mesmo nas compras na loja física, o tempo de compra foi menor. Para a empresária, as pessoas estão fazendo uso da flexibilização, mas tomando as devidas precauções. “Os próprios clientes cuidavam para não aglomerar dentro da loja, aguardando do lado de fora, todos usando máscara e passando álcool gel não mãos”, afirmou Camila Reveliú.

A ACE avalia que teremos um “novo normal” também para os canais de venda daqui para frente. “É evidente que houve uma aceleração da transformação digital das empresas, o que deve continuar e se ampliar nos próximos meses”, acredita o presidente Robson Martuchi, que antecipou que a entidade apresentará novidades nesse campo em breve. “Precisamos alinhar da melhor maneira possível o online com o off-line”, finalizou.