ENSINAMENTO – INTEGRIDADE

Nadir Ferreira da Silva 04/08/2011 - 16:46:25 Artigos

Contou-me uma amiga que, outro dia, seu filho chegou em casa exultante. Afinal, não é sempre que se tira dez em física. Ela percebeu, porém, que a professora havia se enganado na correção. Qual não foi a sua surpresa quando o menino lhe disse que não poderia, de forma alguma, apresentar o erro para revisão, porque “ninguém devolve nota”. Foi preciso muita paciência para convencê-lo. Tinha medo das gozações dos colegas. Às vezes é um fato corriqueiro que nos faz perceber quantos difíceis dilemas as crianças tem de resolver até que se tornem adultos íntegros. Não muito tempo, ser um bom menino significava, como dizia o palhaço Carequinha, não fazer pipi na cama nem fazer má-criação, concluir o trabalho de casa com capricho, deixar o quarto mais ou menos arrumado, não falar palavrões, dirigir-se com respeito aos mais velhos, tarefas, enfim, razoavelmente simples de serem apreendidas. Ser um bom menino, hoje significa não apenas saber o que é certo ou errado, mas também conseguir se opor as atitudes bem frequentes que contrariamos princípios norteadores da saciedade- o que não é nada fácil nem para adultos, enquanto mais para uma criança e jovens. Opor-se ao grupo e fazer escolhas adequadas demanda um forte grau de segurança. Mais ainda solidariedade de justiça e honestidade não estão fora de moda.. Precisam, acima de tudo, acreditar que, mesmo quando parte dos homens não respeita esses princípios, não há a mínima condição de vivermos com segurança sem eles. Como convencê-los, no entanto, se a T V, as novelas, as atitudes de muitos adultos, os jornais, alguns programa humorísticos e até certas músicas os bombardeiam com mensagens antiéticas. Como convencê-los, se parte dos colegas com os quais convivem quebra vidraça desrespeita os mais velhos, destroem mobiliários, por vezes dirigem sem carta, muitas vezes com anuências dos responsáveis? Como criar adultos dignos depende de dois fatores: a maneira pela qual nós pais, vivemos o dia-a-dia e a confiança que temos nos valores que norteiam as nossas ações. Ou seja, é necessário não sermos íntegros, mais também não duvidarmos da força de nossos princípios. Quando crianças e jovens percebem nos seus modelos (nós, seus pais) segurança inabalável na retidão, na cooperação, na honra independentemente do que estejam fazendo os vizinhos, parentes e amigos, eles provavelmente também acreditarão. Se, ao contrário, os próprios pais começam a afrouxar seus conceitos, em vão seus filhos acreditar? Por que e para que vão lutar? O perigo maior para um jovem não são as drogas, é não crer no futuro e na sociedade em que vive. A responsabilidade de nós os pais são imensa, assim sendo, nosso modo de viver, nossos exemplos de conduta, ser correto e dialogar com nossos filhos falar somente a verdade para eles, seremos um espelho para que possam visualizar e um caminho a seguir.

Ourinhos julho 2011 Nadir Ferreira da Silva – Amor Exigente

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