MONUMENTOS HISTORICOS – TOMBAMENTO

Nadir Ferreira da Silva 07/11/2010 - 23:16:39 Artigos

Tomando conhecimento através do Rádio, de que esta havendo um movimento na cidade por iniciativa da Secretaria da Cultura Municipal, na intenção de levar a termo o “tombamento de alguns prédios existentes na cidade”, os quais retratam o início do progresso que ora ostenta nossa querida Ourinhos, resolvi então, dentro de minha modesta contribuição relatar alguns dados, os quais talvez venham a ser benéfico aos ideais da Secretaria e facilitar o trabalho a que se propõe executar. Sou ferroviário aposentado, hoje com 75 anos, convivi com os bens da antiga Ferrovia São Paulo – Paraná, depois Rede de Viação Paraná Santa Catarina, que depois de um decreto do então Presidente da Republica Juscelino K de Oliveira no ano de 1956 (aproximadamente) criou a Rede Ferroviária Federal S/A, a qual incorporou as 13 ferrovias que pertenciam para a União, dai surgiu o conglomerado que se se intitulou RFFSA. Tendo convivido na Empresa no período de 1949 até 1983, quando me desliguei por aposentadoria disponho de alguns conhecimentos de trabalho que funcionou no período em eu participava.. As ferrovias após a RFFSA foram dividas em divisões, Ex: (11ª - Paraná ), (6ª Rio Grande do Sul ) ( 1ª Rio de Janeiro ), e assim sucessivamente , todas possuindo Diretoria Própria, sob o comando da Diretoria Central que era sediada no Distrito Federal na época na cidade do Rio de Janeiro. Foi a melhor época vivida pela ferrovia no Brasil, foram equipadas com vagões metálicos em substituições aos de madeiras, locomotivas a diesel, em substituições as famosas Maria Fumaça, remodelação total da via férrea. Substituições dos trilhos de 37 para 45 com maior capacidade de suportar peso. Com isso oferecendo maior segurança no trabalho. No tocante aos meios de transporte de passageiro, foram adquiridos veículos luxuosos, denominados “Litorine”, que atendia os locais de maior afluência de usuários, ex: Ourinhos-Londrina, Curitiba – Paranaguá e outros etc.. As remodelações não pararam por ai, nas Oficinas de manutenções de locomotivas e vagões tiveram suas instalações remodeladas e melhoradas, nas Estações, casas de empregados, Hospitais, Cooperativas de Consumo, enfim, todos os setores tiveram suas melhorias. O transporte de carga pesada teve um aumento considerável. Quanto ao pessoal, a Divisão desenvolveu em Curitiba um núcleo de ensino, onde todos os ferroviários participava de treinamentos, tais como “método correto no trabalho”, “Higiene e segurança”, “Relações Publicas” , “ Educação Físicas” e outros inerente ao bom desempenho da função. Em todas as sedes dos empregados existiam médicos, dentista, farmácia, para atender casos urgentes. Convênio no comércio em geral. No tocante a educação familiar, escolas profissionalizante no núcleo, havia também convênio em muitas escolas particulares existentes para a participação dos filhos dos funcionários. Enfim, a ferrovia teve seus dias de gloria, principalmente quando o governo federal demonstrou seu interesse. Soubemos de que o presidente Juscelino em sua terra natal foi ferroviário, talvez por esse vínculo ele demonstrou e dedicou-se intensamente a causa ferroviária. Pois bem, voltamos ao tombamento dos prédios da antiga ferrovia. Louvamos a idéia, inclusive nós que trabalhamos e residimos naquele local ficamos imensamente felizes em ter ali uma memória respeitada da qual nós com nossa parcela de trabalho também participamos da sua história. Alguns lembretes do local...
1º - O prédio onde se localiza COC era o Escritório Central, pois ali distribuídos em suas dependências era mais ou menos assim...
A – Engenheiro chefe do distrito, o qual tinha como área de ação no Paraná,Sul ( Ourinhos a Jaguariaiva ) Norte (Ourinhos a Maringá);
B - Engenheiro Chefe da Via Permanente; - C – Engenheiro Chefe das Oficinas de manutenção ; D – Encarregadoria do Serviço Comercial ; E – Encarregadoria do Serviço de manutenção férrea; F – Encarregadoria do Serviço de movimento de trens, através de gráficos , abrangendo todo o Distrito ; G – Encarregadoria do Serviço de Segurança Empresarial; H – Encarregadoria do Serviço de Rádio e comunicação com a central em Curitiba;I – Encarregadoria do Serviço de limpeza e manutenção do patrimônio.
Outros Imóveis
1ª – Casa um – Residência do Engenheiro Chefe (atual Panificadora)
2ª - Casa dois- Residência do Engenheiro Chefe das Oficinas (reside estranhos)
3ª - Casa três – Residência do Engenheiro Chefe da Via Permanente (ocupada para comércio de produtos aquáticos
4ª - Casa quatro- Residência do Secretário geral;( ocupada por um ferroviário
5ª - Casa cinco - Residência do Engenheiro Auxiliar ( Hoje Clube dos ferroviários)
Todos estes prédios estão localizados na Avenida Rodrigues Alves.
Além desses imóveis, a ferrovia possuía diversos pátios com residências para empregados. Rui Barbosa, Paulo Frontin e outros. No período em estive na ativa muitos ferroviários passaram por aqui, inclusive alguns de destaque na cidade, caso omita algum que me desculpe ....
Engenheiros : Francisco Cruz , Newton Sotomaior , Mizael Olimpio de Almeida , Ourinhense , inclusive foi o idealizador da praça que circunda a Igreja Catedral no centro, Joaquim Machado , Antonio Melo de Moraes , Antonio Carlos Coral , Dirceu Costa Ribas , Alberto Albore , Benedito Queiroz , dentista : José Wandling r José Cata Preta, funcionários José Delciel (vereador), Múcio Correia da Silva ( vereador) , Rubens Gama , comerciante, João Camargo , Industrial Vila Odilon , Izaltino Ferraz ,Bebidas Ivoran , Ezequiel Rodrigues, fundador Bar do Joel , Jairo Teixeira Diniz , locutor Rádio Clube (Norton Cunha), Jair Molitor . Advogado, Manoel Ardel Gonzáles . advogado, Médicos : Luiz Monsillo, Hermilindo Leão, Hélio Migliari, Tacachi Massuda. Todos somando aos demais empregados contribuíram para o progresso da cidade. Continuo residindo em Ourinhos, onde meus dois filhos também moram. Hoje meu trabalho é voluntário, como Coordenador do Grupo Amor Exigente.
Nosso t

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