COMPORTAMENTO IMPULSIVO

Nadir Ferreira da Silva 01/12/2011 - 20:24:24 Artigos

Tenho amizade com um velho amigo, bom colega, vivemos muito próximo, resultado de uma amizade de longa data. Contou-me que quando criança e juventude foi um amante de fazer travessuras, embora os efeitos de suas atitudes não viesse a prejudicar o próximo, mais algumas que aprontava era de deixar as pessoas furiosas e com isso querendo castigá-lo, porém, como era um menino cheio de saúde, muito esperto, dificilmente as pessoas mais velhas conseguia atingir com suas repreensão. A não ser as verbais. Foi briguento quando criança enfrentava qualquer menino de sua idade e brigava por qualquer coisa a começar por uma bolinha de vidro. Seus pais querendo educá-lo conseguiram com o padre pároco do bairro, a ele ser coroinha. Era inteligente e aprendia com facilidade os ensinamentos ministrados pelo padre, até que se tornou um dos melhores coroinhas que existia na época, com isso sua cooperação junto a Igreja era bastante proveitosa. Mais como todos os meninos têm seu lado arteiro, querendo alimentar sua vaidade e aproveitar para fazer alguma travessura, esta atitude não fugia a regra. Na idade dele tinha muita fome, daí enquanto fazia serviço na igreja, tinha acesso a onde era guardada as hóstias para serem distribuídas aos fieis na hora da missa. Permanecendo na igreja, quando tinha fome investia nas hóstias e fazia devasta. Todos os dias o padre reclamava dos sumiços daquelas iguarias, porém, nada podia fazer, pois não sabia a razão de seus desaparecimentos. Como tudo na vida se descobre, um dia o padre pegou meu amigo comendo hóstia, descobrindo com isso a origem dos desaparecimentos. O velho padre “Alemão” bravo ficou furioso e quis dar uma correção naquele menino pelo ato praticado, ou seja, comer as hóstias... O padre saiu atrás do menino, este para se defender pegou uma pedra e enfrentou aquele homem dizendo: se me bater leva pedrada, conseguiu escapar das palmadas e outras conseqüências a mais. Teve como resultado de sua atitude a expulsão da igreja, perdendo a posição de coroinha. Alem dos estudos trabalhava com um senhor que possuía uma padaria domiciliar, isto na venda e entrega de pães, através de uma carroça de 2 rodas, veiculo, na época muito usado para vendas de produtos alimentícios. Ele além de carroceiro era também responsável pelo animal, cujo serviço era executado logo ao amanhecer, muitas vezes o animal saia do local deixado a noite e tinha que localizar tarefa às vezes difícil. Nas horas de folga, reunia alguns amigos, a fim de atender seu lado de fazer travessuras e ainda arrumar algumas coisas para mistura na hora da refeição, subiam na torre da igreja matriz e de lá retirar os filhotes dos passarinhos que estavam em seus ninhos, cujo local as pombas se reproduziam. Esses pássaros eles levavam para casa e faziam deles suas misturas nas horas de suas alimentações, pois nem sempre tinha em casa além do arroz com feijão. Hoje em dia ao recordar sua infância fica pensando como era difícil a vida naquela época, pois os pais trabalhavam mais devido a situação tudo era regado, só teve uma boa educação e nunca lesou ninguém e nem apoderou-se do que não lhe pertencia. Graças à educação dada por seus pais, vive até hoje feliz e agradecendo o que lhe foi ensinado. Eu agradeço meu amigo pela confiança depositada em mim, ao relatar parte de sua vida, quando criança. Parabenizo pelo teu comportamento, e acima de tudo por ser uma pessoa de bem, raízes culturais, vinda do berço.

Ourinhos (SP) Novembro 2011
Nadir Ferreira da Silva {Pensador}
Email: nadirferreirasilva@hotmail.com

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