A aproximadamente 5 anos nosso amigo e colega Jair Romeiro Rosa despediu-se de nós foi morar com Deus.

Ao escrever este artigo muitas pessoas residentes nesta cidade ficarão se questionando quem seria essa pessoa da qual a narrativa está se referindo, pois a maioria da população não conheceu o seu trabalho humanitário desenvolvido por ele no meio das pessoas que precisavam de seus préstimos junto ao órgão que ele representava junto aos colegas e familiares, dentro do meio em que conviveu...

Lá pela década de 70 vindo do norte do Paraná, jovem ainda, tendo ingressado na ferrovia, foi destacado para prestar serviço em Ourinhos. Bom rapaz, relacionamento fácil, logo conquistou com sua amizade grande e inúmeros colegas e amigos na sociedade local, principalmente na Vila Margarida, isto em função do bairro ser de uma população quase total de trabalhadores na estrada de ferro. Na empresa exerceu diversos cargos, todos com grande capacidade e dedicação. Quando lá pelos seus 21 anos de idade, conheceu uma menina, filha adotiva do comerciante proprietário da casa de esporte São Luiz, onde fez amizade. Dado sua conduta exemplar, os pais da menina aprovaram o namoro, noivado e decorrido alguns tempo o casamento entre aqueles jovem, consolidando-se ai a união. Continuou a residir ainda por alguns tempos na cidade, depois foi transferido para o norte do Paraná, por onde ficou muitos anos. “Da união tiveram duas filhas, cresceram e estudaram, hoje uma reside na Alemanhã e a outra professora ‘Silmara”, prestando serviço na escola Esmeralda Ferraz também na Vila Margarida. Meu amigo e sua esposa por motivo de incompatibilidade de gênio ouve a separação. Ela retornou para Ourinhos, depois para São Paulo, ele continuou residindo em Apucarana, onde com o decorrer dos tempos conheceu Eliza sua segunda esposa a qual viveram juntos até seus últimos dias e dessa união tiveram uma filha. Em Apucarana teve inicio um serviço paralelo junto ao Sindicato da classe com sede em Curitiba e extensão em todas as sedes da ferrovia. Com o passar dos anos voltou para Ourinhos, cujo local continuou representar a categoria junto ao órgão, onde atendia com muita eficiência as necessidades das pessoas ligadas a entidade, principalmente as esposas dos ferroviários quando do falecimento do titular. Todas recorriam a ele para solucionar os problemas pendentes deixado pelo associado junto ao órgão, isto após a morte. Pela sua atenção e dedicação todas as viúvas tinham nele o amparo que necessitavam, daí sua simpatia por ele. Muitas vezes viajou para Curitiba a fim de solucionar assuntos pendentes junto a diretoria do Sindicato.

Até a extinção da R R F S/A funcionou um gabinete dentário, sendo ele o responsável pelos agendamentos para tratamento dos dependentes da classe local. Até hoje os ferroviários mais antigos e viúvas lembram com saudades dos bons tempos que se foram... Muitas orações para o Jair e infinitas saudades

Ourinhos janeiro 2012 Nadir Ferreira da Silva
Email: nadirferreirasilva@hotmail.com