Por: Renata Tiburcio.

A indignação contra o tratamento cruel de animais levou milhares de pessoas às ruas, em protesto, neste domingo, em todo o Brasil, com passeatas programadas também no exterior pelas redes sociais. A manifestação “Crueldade Nunca Mais” ocorreu em dezenas de cidades com o apoio e coordenação de ONGs que trabalham em defesa dos direitos dos animais, com uma convocação geral para que as pessoas saíssem do mundo virtual para mostrar às autoridades a necessidade urgente de uma mudança nas leis. Ao todo 177 cidades participaram do movimento.

Só em Ourinhos, mais de 150 pessoas compareceram a Praça Mello Peixoto, para manifestaram contra os maus tratos de animais, de acordo com o coordenador da ADAO (Associação dos Defensores de Animais de Ourinhos), Wellington Silva.

Coordenador falou com a reportagem e explicou que o movimento “Crueldade Nunca Mais” reivindica a criação de uma legislação menos branda para punir quem pratica maus-tratos contra os bichos, como foi o caso da enfermeira que espancou até a morte a cachorra Lana, da raça Yorkshire, em Goiás. Ela responde o processo em liberdade e, se condenada, dificilmente ficará presa, já que o cumprimento da pena é em regime aberto ou semiaberto.

“Hoje, a pena é muito branda. A pessoa maltrata os animais e paga cesta básica”, ressaltou Wellington.

O manifesto teve inicio às 09 horas e quem compareceu, além de protestar pode demonstrar seu amor pelos animais e levar para casa o melhor amigo do homem, um cãozinho e melhor sem custo algum. 30 cãezinhos foram levados para a Praça, afim de que, fossem adotados e até o momento que a reportagem permaneceu no local, 26 já tinham sido adotados.

A ADAO cuida hoje de 370 cachorros, sendo que 90% foram vitimas de maus tratos e abandono, de acordo com Wellington.

“Animal vitima de maus tratos dificilmente são adotados, pois sempre apresentam uma deficiência o que acaba gerando um preconceito” finalizou coordenador da ADAO.

A entidade conta hoje com uma equipe de mais de 50 voluntários, sendo que cinco se revezam em rodízios para ajudar a fundadora da ADAO, dona Conceição que há 11 anos cuida dos animais com muito amor e carinho.