Viajando na mesma embarcação, eu e meus amigos. Para os que continuam a viajar o meu abraço e aperto de mão, aos que desembarcaram nossa saudade. Era uma grande carruagem, ali se alojavam todos confortavelmente. Durante o percurso muitos embarcavam e muitos desembarcavam. A embarcação nunca esteve vazia, todos seus lugares continuavam ocupados, pois os que embarcavam ocupavam os lugares que estavam vagos em decorrência da descida de alguns colegas. Meus primeiros colegas de viagem foram meus pais, meus irmãos, meus avôs e outros parentes bem próximos, depois meus colegas de escola, professores, religiosos e orientadores. A seguir meus colegas de trabalho, de convivência continuas, de reuniões festivas, de passeios, de namoro, noivado, casamento e nova família. A viagem era lenta e progressiva, pois se existia um ponto de partida (início da viagem) existia um ponto final, porém, estes todos que estavam viajando não sabiam o local em que iria desembarcar e deixar a carruagem prosseguir. Pois esta decisão era soberana e somente restava a nós, os passageiros obedecerem as determinações superiores. Quando da chegada de um membro sempre era bem recebido, com muita alegria, já quando um amigo desembarcava da carruagem era motivo de tristeza e melancolia, pois se tratava de uma eterna despedida. Com o inicio da viagem de um novo membro, o tempo se encarregava de aos poucos ele preencher a lacuna que havia ficado com o desembarque do velho amigo que conviveu por muito tempo junto a nós. Como nada podíamos fazer o remédio era aceitar as determinações vinda de um poder superior Durante o tempo em que estávamos viajando, muitas transformações, pois em seu percurso éramos submetidos a diversas situações, as vezes nos trazia muitas alegrias, outras vezes tristezas, porém a viagem nunca era interrompida, daí somente existia um meio o qual constituía em enfrentar com muita dignidade e sabedoria. Na viagem ultrapassamos vales verdejantes, muitas flores que exalavam perfume oferecendo graciosamente para nos usufruir de seu aroma que a nós eram agraciados pela própria natureza. Muitas quedas d’água cristalina oferecendo com seu poder refrescante, deixando o ambiente ameno e agradável oferecendo está dádiva a todos os viventes, sem distinção ou escolha, pois seu efeito era Universal. Devido a viagem não ter volta, cabia a todos os tripulantes enfrentar os obstáculos que surgiam, daí só restava a nós pedir força e ter muita fé para superar as dificuldades. Sabendo que após uma tormenta vem a calmaria, assim enfrentamos e esperando novos horizontes, lugar em poderíamos descansar tranquilamente. Agradeço meus companheiros de viagem, estendendo um abraço afetuoso a todos e esperando que ao encontro com o Criador tenhamos a paz que ele tem a nos oferecer. Obrigado meu Deus pela inspiração.

Ourinhos janeiro 2012 Nadir Ferreira da Silva - Pensador