FELICIDADE

Nadir Ferreira da Silva 27/02/2012 - 19:47:13 Artigos

Quando completei 15 anos, ainda frequentando escola onde iniciava meu 2º grau, Márcio e eu sempre juntos, ele com 17 anos, éramos inseparáveis, morávamos na mesma rua, aos fins de semana passeávamos,íamos ao cinema, em reuniões de jovens na igreja, enfim, era uma amizade muito intima, daí surgiu um namoro o qual durou 2 anos. Quando ele completou 19 anos seus pais foram transferidos para outra cidade distante, isto em função de serviço. Dado a esta necessidade da mudança e a distância foi rompido nosso namoro, ficando apenas a amizade. Devido a falta dele no inicio sofri muito, inclusive meus pais vendo minha situação me levaram a uma psicóloga para que ela através de seus préstimos me ajudasse a voltar a ter animo, inclusive aos estudos.

Passaram-se 2 anos, conheci Eduardo, 23 anos, bom rapaz, trabalhador, boa família, iniciamos um namoro, daí decorrido um bom tempo veio o noivado, depois o casamento. Continuamos na mesma cidade, pois ele tinha serviço próprio onde estava bem localizado. De nossa união nasceu Marta, bastante saúde, assim foi crescendo, igreja, 1ª comunhão, crisma, bem na escola. Com 19 anos começou a namorar e um ano depois se casou. Morando perto suas visitas eram constantes, principalmente no período da tarde onde eu estava só. Minha vida continuou sempre cumprindo meus deveres, só que entre eu e o Eduardo não existia mais aproximação, ele me tratava bem, porém, não tínhamos aquele afeto necessário ao bom relacionamento. Entre um homem e uma mulher, só distância. Em umas das visitas que Marta fez percebeu que eu estava chorando, já ela quis saber a razão daquele choro. Resolvi contar tudo a ela de como era meu relacionamento com seu pai. Diante do relato ela disse-me: Há muito que percebia a distância que existia entre eu e seu pai, achava não ser normal, enfim, não dizia nada para evitar discórdia, mais hoje após saber de tudo falou-me: porque a senhora não toma uma decisão dando um basta nessa situação e chega de sofrer, um sofrimento de 23 anos é muita coisa e ninguém é obrigado a tolerar isso.

Naquela tarde, logo que o Eduardo chegou, dei um tempo depois disse, preciso falar com você hoje sem falta. Interessado ele disse, se tem que falar que seja já. Sentamos frente a frente e comecei dizendo: nossa vida esta cada vez mais vazia, principalmente como marido e mulher, dá impressão que somos estranhos pois não existe desejos nem amor. De fato você tem razão disse ele, há tempo eu queria te falar sobre isso mais me faltou coragem. Acho que agora é oportuna nos tomar uma decisão, pois acho que será melhor assim cada um fica livre, isto só respeitamos como bons amigos. Separamos, continuei trabalhando, pois sou professora. Voltei a morar com meus pais. Interessante, decorrido todos esses anos nunca me esqueci do Marcio, sempre sonhava com ele, enfim, a vida continuou. Um dia ao voltar do serviço um carro parou perto de mim e perguntou: você não me conhece mais, eu sou o Marcio... Um grande encontro, contou-me que estava só, pois havia separado e eu também disse a ele da minha situação. Naquela tarde ele jantou em casa, mais umas visitas e logo resolvemos morar juntos, isto há 9 anos. Vivo os dias mais felizes de minha vida, pois nem me lembro daqueles 23 anos mal vividos.

Nunca devemos perder a esperança que a felicidade vem, às vezes um pouco tardia, porém, vamos persevera e aguardar que o tempo se encarrega da aproximação.

Ourinhos fevereiro 2012 Nadir Ferreira da Silva
Email: nadirferreirasilva@hotmail.com

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