CASTILHO - Uma mulher condenada a 5 anos e 6 meses de prisão pela Justiça de São Manoel por roubo cometido em Botucatu e um comparsa portando RG falso, foram presos pela Polícia Militar na tarde desta segunda-feira, 2, tentando aplicar golpe superior a R$ 300 mil num morador de Campo Grande [MS]. Vera Aparecida Diniz, 52 e o falso corretor Ricardo Marques da Fonseca, 55, planejavam vender 9 lotes de uma quadra nas proximidades do bairro “Morumbi”, em Campo Grande[MS] ao idoso Shigueo Suguineo. Os três foram abordados deixando Castilho para almoçar em Andradina, numa caminhonete Nissan X-Terra, cor prata. O veículo foi parado numa blitz, na entrada da cidade, pelos PMs Donegatti e Fábio. Ricardo é quem dirigia o veículo da filha do idoso, mas não tinha carteira da habilitação. Sob o tapete da caminhonete, o falso corretor escondia uma identidade falsa com foto sua, mas em nome de Bento Monteiro da Silva. É essa pessoa que, provavelmente Ricardo se faria passar no Cartório de Castilho, onde seria elaborada procuração, “supostamente com poderes para Vera efetivar a venda dos lotes”. Shigueo, que representava o genro [dentista em São Paulo] e viajou com o casal a Castilho, relatou que a caminhonete, avaliada em R$ 80 mil, já havia sido dada como entrada na compra dos terrenos, totalizando cerca de R$ 315 mil. O restante seria pago em parcelas. “Os lotes pertenciam ao Exercito Brasileiro, mas foram recuperados por família tradicional de Campo Grande e estariam à venda, segundo explicou a vítima ao Impacto Online. Mas para sorte de Shigueo, a procuração não foi confeccionada porque o Cartório estava fechado quando chegaram e a dupla de estelionatário decidiu almoçar, para retornar depois. Nesse intervalo, foi descoberta pela PM. Vera Diniz foi presa e encaminhada à cadeia em General Salgado e o corretor Ricardo levado à cadeia pública de Andradina. A caminhonete foi apreendida porque Shigueo também não dirige, mas deveria ser liberada ao filho dele.

Vera – que teria dado fuga a ladrões durante roubo e foi condenada por isso - se negou a prestar declarações na Delegacia de Polícia e disse que só falaria em juízo. Ricardo Fonseca alegou ter agido “por necessidade; é doente e precisa se submeter a tratamento”, mas inocentou Shigueo.

Redação com fotos de Ronni Willer

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