A maior feira estudantil de ciências e engenharia do país aconteceu em São Paulo em uma grande tenda montada no estacionamento da Escola Politécnica da USP, no campus do Butantã, em março com a exposição de 325 projetos inovadores, e entrada gratuita. A FEBRACE (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia), em sua décima edição, trouxe trabalhos desenvolvidos por 743 estudantes de nível fundamental, médio e técnico, de todas as regiões do país e teve a participação de duas alunas do curso de Licenciatura em Sistemas e Tecnologia da Informação, da Fatec Ourinhos como organizadoras.

“A feira abre espaço para que a escola possa desenvolver projetos de verdade. Na hora que um aluno faz projetos de verdade, aí sim, ele aprende mesmo. Porque na hora que o aluno identifica um problema a resolver, ele não mede esforços”, disse a coordenadora da feira, a professora Roseli de Deus Lopes. Segundo ela, a feira é o primeiro passo para incrementar a inovação no país. "Para a gente realmente ter uma indústria competitiva globalmente, a gente precisa de inovação. E isso começa aqui".

A FEBRACE agrupa projetos nas áreas de engenharia, ciências humanas e da terra, humanas, sociais aplicadas, biológicas, saúde e agrárias. Os trabalhos expostos foram selecionados entre 1.505 inscritos, submetidos diretamente pelos estudantes ou classificados de acordo com avaliação em feiras de ciências afiliadas.

Segundo a professora da Poli Roseli de Deus Lopes, coordenadora geral da FEBRACE, o evento visa a estimular a criatividade na escola. "Todo mundo nasce cientista, mas há escolas que destroem isso ao longo do tempo", afirma. Ela reconhece, no entanto, que o desafio não é exclusivamente brasileiro. E faz um apelo aos professores para que orientem os alunos a desenvolver olhar científico sobre problemas do dia a dia.

Na feira, diz Roseli, os aproximadamente 800 avaliadores são orientados a olhar não só o projeto final, mas o processo de produção do conhecimento. "Não é para eles se preocuparem apenas com o que é realmente inovador e pode gerar patente, mas avaliar as pessoas e a forma como elas chegaram até aqui. Ainda mais porque são alunos da educação básica.

As Alunas da FATEC de Ourinhos, do 5º Semestre, Débora Lopes e Juliana Barcelos, participaram da organização da 10ª FEBRACE. Segundo Débora, “Foi importantíssimo participar da Febrace 2012 um movimento de criação e inovação, para nós futuros docentes é de suma importância participar, vivenciar estas experiências, que acrescenta muito na nossa formação acadêmica, é fundamental o incentivo a estes projetos, o Professor deve estar atento a projetos como esses, incentivando seus alunos a serem cientistas, engenheiros, formando cidadãos pró- ativos, críticos, e dinâmicos. É gratificante estudar em uma faculdade que apoia estes projetos”.

Juliana Barcelos afirma: “foi uma experiência enriquecedora, lá participamos da feira ajudando na organização, conhecemos os projetos, tivemos contato com o pessoal do LSI (Laboratório de Sistemas Integráveis da Universidade de São Paulo), conhecemos alunos de diversos estados e tivemos o privilegio de poder conhecer Diretores da Capes, CNPq, Intel, Representantes da Marinha Brasileira e Ministério da Educação. Participar de eventos como esse é muito importante para nós alunos da Licenciatura, pois nos traz uma visão de mundo completamente inovadora, abre muitas portas e ressalta a importância do docente na vida dos alunos, e a Fatec Ourinhos sempre nos apoiou e só temos a agradecer por mais evento de sucesso em que estivemos lá representando a nossa faculdade”.

Ourinhos, 10 de abril de 2012.
Eunice Corrêa Sanches Belloti
Assessoria de Relações Públicas