TRIO PRESO USAVA CARNE HUMANA PARA RECHEAR SALGADOS

da reportagem 16/04/2012 - 19:34:04 Noticias

PERNAMBUCO - Os três presos suspeitos de assassinar pessoas e cometer canibalismo em Garanhuns, cidade a 231 km do Recife, afirmaram em depoimento que usavam parte da carne das coxas e nádegas das vítimas para rechear e vender empadas e coxinhas. Os salgados eram comercializados normalmente por uma das presas na cidade do agreste pernambucano.

Foram em cana Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, 51 anos, que era casado com Isabel Cristina Pires da Silveira, mesma idade, mas também vivia com a ex-mulher Bruna Cristina Oliveira da Silva, 25 anos. A polícia suspeita que eles mataram e comeram pelo menos oito mulheres. Um diário divulgado traz a descrição de um assassinato que foi cometido com o uso de canibalismo. Segundo o texto, uma vítima adolescente teve a pele retirada em um banheiro e a carne foi comida pelos três em um ritual de purificação.

Conforme o comissário de polícia da cidade, João Bosco Andrade, os suspeitos eram membros de um grupo chamado Cartel, se dizem anticapitalistas e procuravam mulheres para diminuir a quantidade de pessoas no mundo.

A população queimou a casa dos suspeitos porque, antes mesmo da divulgação do diário, ficaram revoltados em encontrar os corpos esquartejados em covas rasas e por afirmar que uma criança de 5 anos presenciou os crimes. A criança estaria na companhia dos três e a polícia ainda não sabe a relação de parentesco dela.

Veja o trecho que detalha a prática do canibalismo: "Pego uma lamina e começo a retirar toda a sua pele, e logo depois a divido. Eu, Bel e Jéssica nos alimentamos com a carne do mal, como se fosse um ritual de purificação, e o resto eu enterro no nosso quintal, cada parte em um lugar diferente".

APROXIMAÇÃO

O contato com as vítimas era feito por meio de uma oferta de emprego. A Polícia Civil chegou até os assassinos depois do desaparecimento de Giselly Helena da Silva, conhecida como Geisi dos Panfletos. Ela teria recebido uma proposta para ser babá de uma menina que o trio alegava ser sua filha. Quando chegou à casa dos assassinos, foi executada por Jorge, que é faixa preta em karatê.

A polícia descobriu que o cartão de crédito de Geisa foi utilizado pelo menos quatro vezes após o seu desaparecimento. Com ajuda de uma câmera de segurança de um dos estabelecimentos onde as compras foram feitas, começou a procura pelos suspeitos.

Isabel, que vendia os salgados, confessou os crimes. Ela mostrou à polícia onde estavam enterradas as ossadas de duas pessoas, e também explicou que era Jorge quem esquartejava as vítimas. "Eles comiam as vísceras das vítimas, como o fígado e o coração, que era para purificar a alma", revelou o comissário Andrade. "E quando faltava ingrediente para as empadas, eles usavam os restos da carne das vítimas". Por vítima, eles chegavam a tirar de oito a 10 kg de carne.

A menina de 5 anos também era obrigada a comer carne humana. Segundo a polícia, ela seria filha de Jéssica Camila da Silva Pereira, outra mulher assassinada pelo trio. Na casa dos suspeitos a polícia encontrou um diário da seita, que indica que os assassinos ainda planejavam executar mais duas pessoas até o ano que vem.

Eles serão indiciados, entre outros crimes, por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Os corpos estão agora no Instituto Médico Legal (IML) para o reconhecimento das famílias.

O Dia e Band - 14/04/2012

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