POLÍCIA MILITAR ALERTA: TODOS DEVEM ESTAR ATENTOS QUANTO A OCORRÊNCIA DE FUMAÇA E NEBLINA NAS RODOVIAS

31º BPM-I 12/06/2012 - 16:21:40 Cidade

O Tenente Coronel PM Augusto Francisco Cação, atual Comandante do 31º BPM/I, Mestre em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública e Especialista em Gestão e Direito de Trânsito orienta quanto a ocorrência de fumaça e neblina nas rodovias.
Nas rodovias, a neblina é um fator extremamente prejudicial à visibilidade do motorista, podendo inclusive provocar sérios acidentes. Apesar de ser um fenômeno natural, a formação da neblina quase sempre é previsível. O horário de formação de neblina é das 04:00h às 08:00h, período em que os cuidados devem ser redobrados. A neblina que se forma em baixadas e que aparecem em noites claras, sem nuvem e sem vento, normalmente são frequentes entre os meses de maio a setembro. Já a neblina que se forma em regiões serranas acontecem durante todo o ano, tanto de dia como de noite.
A neblina surge quando ocorre a formação de nuvens muito baixas. Ela é formada pela suspensão de minúsculas gotículas de água numa camada de ar próxima ao chão. A neblina nada mais é do que a nuvem em contato com o solo, em que o vapor de água resfria e condensa, diminuindo a visibilidade, ou seja, neblina é resultado da combinação de vapor de água com queda de temperatura.
Esse fenômeno, também conhecido como nevoeiro, é mais comum em lugares frios, úmidos e elevados e ocorre devido à queda da temperatura e à consequente condensação do vapor d’água junto ao solo. A condensação, também chamada de liquefação, é a transformação da água em estado gasoso (vapor) para o líquido, quando submetida a um resfriamento. O processo é parecido com o que acontece nos automóveis no frio, quando a temperatura dentro do carro fica maior do que a externa. O vidro, em contato com o frio externo, permanece gelado. Quando o vapor suspenso no interior entra em contato com o pára-brisa, ele se condensa e embaça o vidro. Dica importante: não se deve deixar que os vidros embacem, nem limpá-los com as mãos. O correto é usar o desembaçador e o limpador de pára-brisa.
A neblina pode ocorrer também, devido a fatores como relevo, proximidade de corpos d’água, ou pela influência de uma frente fria.
O surgimento da neblina nas regiões de serra é decorrente da água evaporada do mar que se transforma em vapor e, por ser mais leve do que o ar, tende a ser arrastada para as camadas mais elevadas da atmosfera. Entretanto devido ao obstáculo natural (serra), o vapor de água, por algum motivo, sofre um resfriamento, condensa-se e dá origem à neblina.
Já nas regiões de rios e lagos, durante o dia, o calor faz com que a água desses mananciais evapore, sendo que parte do vapor fica perto da superfície e, com o anoitecer (ou com a chegada de uma frente fria), a temperatura cai, o vapor de água se resfria e condensa, ocasionando também a neblina. Também nos vales e nos sopés das montanhas deve-se tomar cuidado, pois costuma haver a neblina noturna, pela evaporação do corpo d’água, que é mais intensa durante o dia e que se resfria durante a noite.
Também chamada de “névoa”, “nevoeiro”, “chuvisco”, “cerração” ou “ruço” a neblina confunde muita gente, sobre o que é uma coisa ou outra. Para a maioria dos meteorologistas, a única diferença entre nevoeiro e neblina (também denominados de cerração ou névoa) é a visibilidade. O fenômeno é chamado neblina (cerração ou névoa), se a visibilidade for superior a um quilômetro, e nevoeiro, se a visibilidade for inferior a um quilômetro. Ao contrário da fumaça, a neblina não é tóxica.
Mas o que realmente importa para o motorista é que independente do nome dado a esse fenômeno natural, ele coloca em risco a viagem e a integridade física dos ocupantes do veículo, pois nessas condições a visibilidade é reduzida, o pavimento fica úmido e escorregadio (anulando a aderência dos pneus com o solo) e o controle do veículo se torna difícil. Deve-se estar atento às placas e painéis indicativos nas rodovias. Eles informam os locais de maior incidência de neblina.
Podendo evitar, não se deve entrar na neblina/nevoeiro, uma vez que o condutor não sabe qual é a sua extensão e nem a sua intensidade. Caso não exista alternativa, ao se deparar com uma dessas situações, deve-se imediatamente acender a luz baixa do farol (e o farol de neblina se tiver), aumentar a distância do veículo à frente, redobrar a atenção e reduzir a velocidade, até que haja mais segurança e que realmente se está no controle do veículo. Não se deve usar farol alto, porque ele reflete a luz nas partículas de água, reduzindo ainda mais a visibilidade.
No interior da neblina ou nevoeiro, apesar de estar previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) que o condutor poderá utilizar o pisca-alerta, em imobilizações ou situações de emergência (Art. 40 inc. V letra “a”), não é aconselhável utilizar desse artifício com o veículo em movimento, pois muitos motoristas ainda acreditam que o pisca alerta só pode ser utilizado com o veículo parado (o que não condiz com o texto legal, uma vez que a situação de emergência pode ocorrer com o veículo em movimento). Ao invés de transitar com o pisca-alerta ligado, a sugestão é seguir viagem com a seta para a esquerda ligada, o que vai tornar o veículo mais visível, além de chamar a atenção do motorista que segue à retaguarda e, muito mais, a do que vem em sentido contrário (no mínimo ele vai sinalizar, piscando os faróis e imaginar: o que esse “louco” quer fazer? Momentaneamente, pode-se desligar a seta, já que o condutor foi visto!). Muita atenção com esta seta, pois, nesse caso, ela é usada para tornar o veículo mais visível. Não se deve realizar a manobra de ultrapassagem numa situação dessa, em hipótese alguma! Também não se deve utilizar a seta para a direita, pois isso pode induzir o motorista que segue à retaguarda a realizar uma manobra arriscada, caso ele acredite que, o outro condutor irá sair da pista para o acostamento ou para outro local qualquer.
Caso a intensidade do fenômeno aumente e dificuldade em continuar trafegando se torne ainda mais arriscada e perigosa, deve-se parar em local seguro, como um posto de abastecimento ou uma entrada de fazenda, evitando parar no acostamento (devido a pouca visibilidade, pois mesmo parado pode-se envolver em um acidente). Assim, deve-se parar no acostamento somente em último caso, retirando todos do interior do veículo e acionando o pisca alerta.
Em alguns lugares, o tempo demora a ficar completamente limpo. Por isso, todo o cuidado é pouco para quem trafega nas rodovias sujeitas a essas intempéries.
A fumaça produzida pelas queimadas nos lotes lindeiros à margem da via também provoca a redução de visibilidade. Além disso, a fuligem proveniente da queimada pode reduzir a aderência do piso. Da mesma maneira que ocorre na neblina, no caso de queimada na margem da rodovia, não é aconselhável entrar na “cortina” de fumaça, principalmente, caso não se saiba qual a sua extensão e intensidade. Se não existir alternativa, a não ser enfrentar tal situação, deve-se acender a luz baixa do farol (e não as lanternas), aumentar a distância do veículo à frente, redobrar a atenção e reduzir a velocidade. Após essas providências, proceda-se da mesma forma, como se estivesse na neblina.
E nunca é demais lembrar! O uso do cinto de segurança é obrigatório, inclusive no banco de trás! No caso de crianças, a utilização da cadeirinha, além de obrigatória, salva vidas!

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO, COMPROMISSADA COM A VIDA E COM A DIGNIDADE HUMANA.

Ourinhos, 12 de junho de 2012.
AUGUSTO FRANCISCO CAÇÃO
Ten Cel PM Comandante

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