Hoje, dia 06 de junho, é o último dia para se inscrever nos cursos do 12º Festival de Música de Ourinhos. Para garantir sua vaga basta acessar a página eletrônica do evento, www.ourinhosfestivaldemusica.com.br, e seguir as instruções. Além das 41 opções de cursos para instrumentistas, pesquisadores, professores e interessados em geral, o evento oferece uma excelente programação artística que começa no dia 15 com o músico Antônio Nóbrega, uma das mais importantes figuras de preservação da cultura popular nordestina.

A apresentação vai reunir músicas dos seus últimos espetáculos, Na Pancada do Ganzá, Madeira que Cupim não Rói, Pernambuco falando para o Mundo, Marco do Meio Dia, Lunário Perpétuo e 9 de Fevereiro. Antonio Nóbrega apresenta-se com umabanda de sete versáteis músicos, tocando rabeca, violino ou bandolim. .No repertório constam frevos, maracatus, marchas de bloco, baiões e peças instrumentais de seu repertório tão diversificado e rico em cultura popular brasileira. Conhecido por sua performance corporal, Nóbrega também interage com a platéia contando causos quetraduzem o caráter do brasileiro. Integrante do Quinteto Armorial na década de 1970, o pernambucano Antonio Nóbrega é pesquisador de dança e música brasileira e ajudou a implantar o Departamento de Artes Corporais da Unicamp.

Este ano, Alfredo Vianna filho, o Pixinguinha, é o músico homenageado. Sempre lembrado pela música Carinhoso, parceria com João de Barro, o músico possui uma produção de música instrumental que o colocou no patamar dos principais músicos brasileiros. Em um período em que o Brasil contava quase que exclusivamente com maestros estrangeiros, Pixinguinha fez a diferença e suingou os arranjos da música popular de sua época.

Maurício Carrilho recebe homenagem na categoria de “Músico convidado”. É fundador, coordenador e professor da Escola Portátil de Música, projeto de educação musical através da linguagem do choro, com sede no Rio de Janeiro.

Outro homenageado é conhecido dos ourinhenses, o guitarrista Jairo Cavalcanti, escolhido como o “Santo da casa”.

A programação no Teatro Municipal acontece todas as noites durante a semana do Festival, com apresentações em diversos gêneros. A música erudita tem seu espaço no concerto do dia 16, com a Camerata D'arcos, e no encerramento, durante apresentação da Orquestra Sinfônica do Festival, regida pelo maestro Benito Juarez. Para quem gosta de jazz, a indicação é o show de Sizão Machado Sexteto, numa homenagem ao maestro Moacir Santos, no dia 18. Os amantes da música regional chamada de “raiz” vão curtir o show do dia 19, “Estrada do sertão”, com o Grupo Conversa Ribeira. O choro tem espaço privilegiado nesta edição do Festival, que homenageia Pixinguinha. Na terça-feira, dia 17, a “Orquestra Pixinguinha”, criada por Henrique Cazes apresenta show no Teatro. Marcelo Vianna, neto do compositor homenageado, é o cantor da Orquestra. E na sexta, dia 20, é a vez de conferir o choro contemporâneo no show “Choro do Século XXI”, com Maurício Carrilho, Cristóvão Bastos, Proveta, Pedro Paes, e a participação de Luciana Rabello, Paulo Aragão, Aquiles Moraes e Marcus Thadeu.

Além da intensa programação no Teatro, as atividades do Festival também são levadas para alguns bairros da cidade: No dia 19, às 20h acontece concerto na Igreja Nossa Senhora de Guadalupe e no dia 20, às 20h, na Paróquia Santo Antonio, na vila Odilon. Para apraça Mello Peixoto, além do show de abertura, estão programadas a “Roda de Danças e Músicas do Mundo” no dia 20 às 11h e apresentação da Banda de Laranjal Paulista no sábado, dia 21, às 11h. Além disso, o Festival ainda oferece exibição de filmes, exposições e workshop. Acesse www.ourinhosfestivaldemusica.com.br e conheça toda a programação.

Cursos

São 41 opções de cursos para músicos, professores e pesquisadores nessa 12ª edição do evento. As inscrições são feitas através do site www.ourinhosfestivaldemusica.com.br Para a secretária de Cultura, Neusa Fleury, a qualidade e competência dos professores fez do Festival uma referência na educação musical do país. “A educação brasileira afastou a música e as artes do convívio com os alunos, e o resultado tem sido desastroso. Há muitos anos o Festival provoca reflexões sobre esse assunto através de mesas de discussão e cursos que visam preparar o professor leigo para a inclusão da prática musical na sala de aula. Aprender música traz muitos benefícios para a formação de uma criança.” Além dos cursos específicos para instrumentistas, quem não é músico mas tem interesse na área também tem algumas opções como os cursos Música nas Escolas, Danças Portuguesas e Danças do Mundo, Folclore Brasileiro e História da Música Brasileira: Erudita e Popular.

O curso Música nas Escolas tem coordenação da Doutora em Educação e pianista Eny Parejo. Seu curso é direcionado para professores atuantes na rede de ensino e que estejam interessados em desenvolver estratégias musicais. “A proposta é contribuir para a atuação do professor, leigo em música, na implementação de conteúdos musicais em sua rotina de trabalho. Vamos propor atividades práticas assim como a apresentação de recursos didáticos que facilitarão a incursão do professor nessa nova linguagem”, explica Eny.

Canjas e Exposição

O Boteco Gor/Me (Av. Rodrigues Alves, 86), e outros bares e restaurantes da cidade se preparam para receber as famosas canjas do Festival. Começando sempre depois dos shows no Teatro, por volta de 23h, músicos, professores e visitantes se reúnem para tocar e cantar, numa bonita comunhão proporcionada pela música. Visite também a exposição “O Rio de Pixinguinha”, na Galeria de Artes do Teatro, e conheça mais sobre o músico homenageado pelo Festival e o Rio de Janeiro na época do início das gravadoras, do cinema falado e dos teatros de revista. Aproveite os eventos gratuitos programados para os bairros e praças, e adquira seus ingressos com antecedência na bilheteria do Teatro.