Atiradores dos Tiros de Guerra de Ourinhos e de Santa Cruz do Rio Pardo participaram, nos dias 29 e 30, da Operação Bandeirantes, realizada na Fazenda Santa Lúcia, no Lajeadinho. A atividade faz parte do calendário de instruções, determinado pela Seção de Tiros de Guerra da 2ª Região Militar em São Paulo.
Durante pouco mais de 24 horas, cerca de 120 atiradores colocaram em prática o que aprenderam em sala de aula ao longo do ano de instrução. Entre as atividades desenvolvidas, os jovens realizaram marcha de 16 km e, no acampamento, realizaram a prática das instruções de orientação e vigilância, patrulhas de reconhecimento e combate, utilização do terreno, que engloba a camuflagem individual, confecção de abrigos e coberturas, e improvisação com materiais encontrados na natureza.
Os exercícios foram comandados pelo Subtenente Ferreira, Chefe da Instrução e Sargento Luiz André, Instrutor do TG Ourinhos, e Subtenente Witzel, Chefe da Instrução do TG Santa Cruz do Rio Pardo, com auxílio de cerca de 20 monitores (cabos) dos dois TG’s.
Subtenente Ferreira diz que essa atividade, ao lado da Instrução de Tiro, é uma das mais aguardadas pelos atiradores. “É quando esses jovens enfrentam alguns medos e, no meio do mato, precisam tomar decisões, ter calma e companheirismo, pois participam de uma simulação de guerra, quando é necessário vencer o inimigo. Para eles, é o coroamento de nove meses de instrução e estudos em sala de aula”, considera o Chefe da Instrução.
Outro importante aprendizado, segundo o Sargento Luiz André, é em relação ao racionamento de víveres e de água, já que eles só podem levar o que conseguirem carregar. “Comida e água, no meio do mato, tem de ser racionadas, pois não há como adquirir esse tipo de produto. Caso não racionem e não utilizem com parcimônia o que levam, podem passar fome e sede”.
“O desgaste e exposição ao sol podem levar o combatente a consumir mais líquido de uma só vez e se torna imprescindível os conselhos dos instrutores visando prevenir a rabdomiólise, síndrome provocada pela ruptura de células musculares, e consequente necrose, resultando em extravasamento do seu conteúdo para o plasma, o que pode ser potencialmente tóxico. Entre suas causas estão o calor excessivo e o esforço físico intenso”, salienta Subtenente Ferreira.
Apesar do calor intenso dos últimos dias e das condições adversas naturais desse tipo de atividade, nenhuma ocorrência mais séria foi registrada. Segundo Subtenente Ferreira, alguns jovens chegaram a passar mal devido ao cansaço, calor, sede e falta de alimento, mas se recuperaram bem, após algum período de descanso.

Atenciosamente,

NILSON APARECIDO FERREIRA - Subtenente
Chefe da Instrução do Tiro de Guerra 02–026

“SAMPAIO - 200 ANOS: CORAGEM E DETERMINAÇÃO”

“TIRO-DE-GUERRA: ESCOLA DE CIVISMO E CIDADANIA”