DELEGADO E DEPUTADO FEDERAL PROTÓGENES QUEIROZ CRITICA DEMORA NA LIBERAÇÃO DE RECURSOS A HOSPITAIS FILANTRÓPICOS
Delegado Protógenes Queiroz visita Santa Casa de Marília e critica demora na liberação de recursos
O deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) visitou nesta sexta-feira, 30, a Santa Casa de Misericórdia de Marília. Eleito em 2010 para seu primeiro mandato, o delegado da Polícia Federal licenciado iniciou uma série de visitas a hospitais filantrópicos do estado, para conhecer a estrutura de saúde pública e atrair recursos de Brasília. Queiroz foi recebido por dirigentes da Santa Casa, funcionários, lideranças de vários partidos e delegados da região de Marília.
A visita atendeu um convite do provedor Milton Tédde e da superintendente do hospital, Kátia Ferraz Santana. Os dirigentes da Santa Casa de Marília tem viajado periodicamente à capital federal, para um diálogo multipartidário com deputados e senadores. Em pauta, a reivindicação de emendas que garantem recursos para a saúde, e, principalmente, o apelo pela revisão urgente da tabela do SUS (Sistema Único de Saúde), além da criação de uma política de valorização das Santas Casas e filantrópicos.
Delegado Protógenes é o mais novo apoiador. Ele ficou conhecido nacionalmente após comandar grandes operações, entre elas a Satiagraha, que combateu crimes contra o sistema financeiro, e ações da Federal contra lavagem de dinheiro no futebol (caso Corinthians/MSI), fraudes na arbitragem do Campeonato Brasileiro, combate ao contrabando (caso Law King Chong) e denúncia de corrupção na prefeitura de São Paulo. No Congresso, tem se destacado pela experiência em temas como transparência e Justiça.
Em Marília - O parlamentar desembarcou na cidade por volta das 14h. Após um almoço, participou de uma entrevista coletiva na Santa Casa e um encontro com diretores, funcionários e delegados. Ele defendeu a redução da burocracia, para a liberação de recursos para a saúde. Segundo o deputado, é possível manter o controle do gasto sem gerar o que chamou de absurdos, como a demora de três anos para liberação de uma emenda parlamentar aprovada no orçamento.
O delegado se solidarizou com a mobilização Tabela SUS; Reajuste Já, que surgiu em Votuporanga/SP e se transformou num grito de alerta, contra a defasagem da planilha de procedimentos da rede pública. Se não houver contraproposta ao pedido de reajuste da tabela, os hospitais podem parar ainda em dezembro. A decisão será da assembleia da CMB (Confederação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Filantrópicos), marcada para o dia 12.
Marília participa do movimento desde o início. O provedor do hospital local denuncia a falta de atualização em procedimentos como consultas, exames e cirurgias que geram déficit nas entidades. Essa distorção transfere para os hospitais filantrópicos e a sociedade civil organizada a obrigação de custear (com fundos próprios, campanhas, doações) mais de 35% de todos os recursos gastos com a saúde pública, revela Tédde.
Além de apoiar a Carta de Votuporanga, que cobra reajuste imediato de 100% nos 80 principais procedimentos, o deputado afirmou que será um facilitador do diálogo entre os administradores hospitalares e a presidenta Dilma Rousseff. A questão do financiamento da saúde envolve governo, Congresso e toda a sociedade. Temos que agilizar soluções e exercer pressão para que as mudanças aconteçam. As grandes transformações sociais no Brasil só aconteceram mediante pressão, afirma o delegado.
Iniciativa Durante a visita, o deputado federal visitou as alas e principais setores do hospital. Conheceu as UTIs pediátrica e adulto, oncologia, pediatria e alas de internação. Visitou também o Educandário Bento de Abreu Sampaio Vidal, que presta atendimento a crianças e adolescentes carentes, por meio de parcerias. Impressionante o trabalho feito pela Santa Casa. Isso mostra que a sociedade pode se organizar e oferecer soluções em educação e saúde com eficiência. Vamos apoiar e buscar recursos para a melhoria dessa estrutura, disse.
O provedor Milton Tédde agradeceu o apoio do delegado e destacou que o diálogo, multipartidário e pluralista, vai continuar. Segundo ele, a atuação da diretoria junto aos parlamentares, tanto para atrair emendas quanto para a revisão da tabela, visa defender os interesses da entidade filantrópica e da população. A nossa Santa Casa é da região, é da comunidade e se orgulha da vocação de atendimento ao SUS. Queremos que continue assim, mas não vamos deixar de cobrar Justiça no financiamento público, afirma Tédde.