POLÍCIA MILITAR APREENDE 132 PÍLULAS DE ECSTASY EM BAURU

JC - Bauru 14/05/2013 - 10:50:41 Noticias

Dupla foi flagrada com droga e dinheiro na Avenida Getúlio Vargas; cada comprimido seria vendido por R$ 35,00

Vitor Oshiro/JCNET/BAURU

Após denúncia de perturbação de sossego, a Polícia Militar (PM) apreendeu dois jovens com 132 comprimidos de ecstasy na avenida Getúlio Vargas, em Bauru. Eles confessaram que lucrariam mais de R$ 4,5 mil com a venda do entorpecente. A polícia aponta as dificuldades em apreender esse tipo de entorpecente.

A apreensão ocorreu no Jardim Europa por volta das 21h de anteontem, depois de uma denúncia ao Centro de Operações da Polícia Militar (Copom). No local, os policiais avistaram Renan Augusto Marques, 21 anos, saindo de um matagal. Em revista ao jovem, acharam 25 comprimidos de ecstasy e ainda R$ 190,00 em dinheiro. Ele confessou que venderia cada comprimido por R$ 35,00.

Naquele momento, chegou uma garota dizendo ser namorada de Renan. Ela disse que não havia mais drogas na casa de seu namorado, porém, alegou que havia entregado a chave do imóvel para um amigo, chamado Sebastião Coutinho Júnior, 24 anos.

A PM se deslocou até o imóvel, no Mary Dota, e flagrou o momento em que Sebastião entrava no local. Com ele, foram encontrados mais 40 comprimidos de ecstasy.

Diante da situação, os policiais entraram na residência e encontraram mais 67 comprimidos da droga em uma cômoda, embalagens provavelmente usadas na comercialização do entorpecente e ainda R$ 250,00.
Todos foram conduzidos à Central de Polícia Judiciária (CPJ), onde o delegado plantonista ratificou o flagrante por drogas sem autorização ou desacordo e também por haver duas ou mais pessoas associadas no mesmo crime.

DIFICULDADES

O delegado do Grupo Especializado de Investigações Sobre Drogas, Ricardo Dias, afirma que é difícil apreender ecstasy justamente por não ser uma “droga do dia a dia”, como o crack e a cocaína, por exemplo.
“É uma droga específica que potencializa a capacidade física das pessoas. Tem um público muito específico também. Por isso, é mais difícil de realizar a apreensão”, afirma.

Ele explica que a rede de comercialização do ecstasy também é mais complexa. “São pessoas de maior poder aquisitivo, o que dificulta ainda mais os casos”, complementa. Até o próprio traficante tem um perfil diferente. “A maioria são jovens e de classe média. Podemos dizer que a maior parte daqueles que vendem o ecstasy são universitários”, finaliza Ricardo Dias.

EFEITOS E RISCOS

Conhecida como “droga do amor”, o ecstasy pode provocar sensação de intimidade e de proximidade com outras pessoas, aumento da percepção de sensualidade, euforia, despreocupação e perda da noção de espaço. Também provoca secura da boca, o que pode levar a pessoa a beber muito líquido a ponto de correr risco de morte.

Com o uso contínuo, o ecstasy pode provocar cansaço, esgotamento, sonolência, depressão, ansiedade, ataques de pânico, indisposição, letargia, psicose, dificuldade de concentração, irritação ou insônia.
Essas consequências podem ainda ser acompanhadas de arritmias, morte súbita por colapso cardiovascular, acidente vascular cerebral, hipertermia, hepatotoxicidade ou insuficiência renal aguda. O consumo de ecstasy e a atividade física intensa podem provocar desidratação e o aumento da temperatura corporal, o que pode levar à hemorragia interna.

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