Em sessão solene dia 22 de dezembro às 20 horas, na Câmara Municipal de Chavantes, houve a entrega ao Dr. Niro Higuchi do Título de Cidadão Honorário de Chavantes. A homenagem, solicitada pelo Museu Histórico de Chavantes Adibe A. Rio e Secretaria de Cultura é um reconhecimento pelo seu mérito, cuja vida é orgulho para a cidade e que já era considerado Cidadão Chavantense! Dr. Niro estava acompanhado de sua esposa Dra. Maria Inês Gasparetto e de seus filhos Francisco e Gustavo, sendo que a filha Inesita não pode comparecer. Entre os presentes, vereadores, autoridades, familiares de Niro, estiveram os ex colegas de escola: Ione C. Andrade. Guiné Espunquialo, Walter Junc e José Carlos Cadamuro, este também representando a prefeita Ana Maria Alonso que por motivo de viagem não pode estar presente. Niro Higuchi ao receber do presidente da Câmara, vereador Luiz Pedro Cezar Longo, o certificado de Cidadão Chavantense, disse emocionado que esta foi uma conquista não somente dele e sim de toda sua família: “tinha este grande sonho agora realizado, agradeço Maria Helena Cadamuro e Fernanda Corazza, a Câmara de Vereadores e a Prefeita Ana Maria Alonso por esta grande homenagem”, disse Niro Higuchi. Durante a cerimônia houve a apresentação da Banda Ecoart sob a regência de Sirton Oliveira, que encantou a todos com suas excelentes musicas. Após o termino da cerimônia foi servido delicioso coquetel com salgados e doces japoneses. Niro, filho dos imigrantes japoneses Noburu “Pedro” Higuchi e Ayame “Encarnação” Hasegawa Higuchi, irmão de Hissami Madalena, Hugo, Taka Salomita, Irene Mie, Ciro e Amélia NaKa, nasceu em Jacarezinho em 1952. Desde 1959 sua família veio morar em Chavantes onde se tornaram horticultores. Após freqüentar as escolas públicas de Chavantes, fez o colégio agrícola em Candido Mota e cursou Engenharia Florestal na Universidade Federal do Paraná, onde também fez mestrado. Após um doutorado na Michigan State University, pós-doutorado em Oxford e um período de atuação profissional na Universidade Federal do Mato Grosso, chegou ao Instituto de Pesquisas da Amazônia, em Manaus (AM). Em 2007 Niro ajudou a elaborar um relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, na sigla em inglês) que viria a influenciar decisivamente o olhar do mundo sobre as ações do homem e sobre os desafios climáticos a serem enfrentados nas próximas décadas. Tornava-se, assim, não apenas o único engenheiro florestal brasileiro a participar do IPCC em mais de uma ocasião, mas também um dos ganhadores do Prêmio Nobel da Paz, que o Painel dividiu com o norte-americano Al Gore naquele ano. Poderia ser o ápice de sua carreira. Mas Higuchi continuou produzindo. Como coordenador de projetos sobre manejo florestal, madeiras da Amazônia e dinâmica do carbono, Higuchi tem uma visão muito clara sobre o que deve ser feito: “Já temos conhecimento e tecnologia suficientes para um manejo florestal sustentável na Amazônia; infelizmente, floresta derrubada ainda vale mais do que em pé”. E sobre o que não deve: “A Amazônia contribui com 7% do PIB brasileiro, mas é responsável por quase 70% das emissões de gases-estufa no país. Desmatamento não gera riqueza”. Mas ele se diz otimista: “Não tenho dúvidas de que as mudanças climáticas vão trazer problemas. Mas podemos administrar a “pancada” conhecendo melhor o que está por vir. Meu otimismo está ligado à capacidade de adaptação. Da floresta e das pessoas”. “Qualquer floresta tem papel fundamental na proteção de todas as formas de vida do planeta. Por isso, trabalhar nessa área é uma responsabilidade – e um privilégio – muito grande.” Higuchi recebeu em outubro em São Paulo o Prêmio da Fundação Bunge na categoria “Vida e Obra” na área de Ciências Florestais, que reconheceu o seu trabalho e carreira, sendo que seus projetos realizados, também representam um patrimônio importante para o país, um avanço nas ciências. Mesmo morando no Amazonas, todo ano vem visitar sua mãe, irmãs e sobrinhos em Chavantes, terra de que se orgulha!