ESTRADA DA VIDA

Nadir Ferreira da Silva 16/01/2011 - 11:24:58 Artigos

Ao contemplar a natureza, querendo participar de seus feitos resolvi, então: caminhando por uma estrada pantaneira, daquelas existentes no Centro Oeste, a qual tem como seu principal objetivo atender nossos irmãos que trabalham na lida de gado. Por tratar-se de uma via transitável quase exclusiva por bois, os quais sempre são transferidos de um lugar para outro, isto em função de remanejo dos mesmos, seu percurso é totalmente rústico, inclusive em algum trecho fica sempre alagado, devido a água em grande freqüência no lugar. O local retrata bem o poderio da natureza, tudo ali obedece ao ciclo normal, nada antecipa seu tempo, somente respeita ao poder das leis pré-estabelecidas para acontecer o aparecimento das transformações na hora exata determinada pela mãe soberana. Participando, então: logo no inicio da caminhada notamos as margens daquela via, sobre seu barranco muitas flores naturais, as quais com suas cores vivas, exalando o seu perfume agradável, parecendo que seu papel principal é saudar cada pessoa que por ali transita. Abaixo daquelas ramagens sobre a estrada notei o primeiro feito da natureza: uma mulher grávida, onde sob as determinações naturais estava perpetuando a espécie, pois graças a esse ser humano, único a receber está tarefa, ou seja, a dádiva divina tem o poder de conceber a humanidade o feliz momento da natividade. A alguns metros, uma criança brincando com uma borboleta, notando que as duas personagens se entendiam perfeitamente em seus linguajar e gestos amorosos, demonstrando um contentamento invejável a qualquer pessoa que estivesse presente ao acontecido. Avistamos um adolescente carregando sobre seus ombros uma mochila, entendemos seu destino ser uma escola, onde iria receber as instruções necessárias para no futuro pudesse vir a vencer na vida, instruído e com dignidade. Mais adiante um rapaz, o qual cumprindo sua missão se preparava para servir a Pátria, pois pretendia ser defensor do País, quando convocado. Assim, as mudanças ao ciclo se consolidavam, quando percebi, já havia percorrido um bom trecho daquela estrada imaginária, e as coisas ali existentes prendeu-me de certo modo que apenas respeitei a vontade soberana da natureza. No meu lar, entendi perfeitamente, que se respeitarmos os feitos naturais, nossa vida se transformará para melhor.

Ourinhos – Janeiro 2011 Nadir Ferreira da Silva Pensador

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