Nascido em Conceição do Monte Alegre – SP em 18 de Agosto de 1923, foi registrado em Paraguaçu Paulista pelo fato de sua cidade ser muito pequena e não possuir um cartório.
Seu pai, um espanhol, que trabalhou como pedreiro na linha ferroviária; sua mãe, uma italiana e dona de casa. Segundo filho, entre 6 filhos que o casal teve, onde eram 3 homens e 3 mulheres, é o único filho homem que ainda vive.
Provavelmente por motivos de trabalho de seu pai, se mudou ainda criança para a cidade de Santa Cruz do Rio Pardo, onde se criou. Frequentou o seminário da mesma cidade, sendo o 5º aluno do mesmo, ficava por lá durante o dia e por falta de espaço no alojamento, dormia na casa dos seus pais.
Se casou pela primeira vez na cidade de São Pedro do Turvo, mas se mudou para Ourinhos, onde criou raízes e formou sua família, tendo 3 filhos homens e 3 filhas mulheres. Mas como a vida nos prega algumas peças, ficou viúvo depois de muitos anos de casado, mas conheceu sua segunda esposa em um baile da 3ª Idade e com ela está casado a mais de 20 anos.
Já em sua vida profissional, foi pintor e bancário.
Como pintor, se destaca seus trabalhos na atual Catedral de Ourinhos e também no Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe. Já na sua carreira de bancário, trabalhava com serviços gerais na extinta Caixa Econômica.
No banco, trabalhou por 19 anos e 3 meses, e se orgulha em contar que não faltou um dia se quer. Neste mesmo banco, ele finalizou sua vida profissional, onde se aposentou.
Durante sua vida, sempre se dedicou ao próximo. Fez parte dos Vicentinos por mais de 50 anos, além de ter sido Ministro da Eucaristia por um longo tempo.
Também se orgulha por ter plantado algumas árvores pela cidade, e sempre lembra de uma árvore de Jatobá que plantou na Praça Mello Peixoto.

Todos dizem que na vida, devemos ter filhos, plantar uma árvore e escrever um livro. João Ramos teve seus filhos, plantou várias árvores, e quanto ao livro...
Bom, sua vida é um livro que é escrito uma página por dia, formando uma linda história.

Parabéns pelos seus 90 anos!

Texto: Guilherme Carazato