“Que tal descobrirmos matemática na construção de luminárias?”

Esta foi a proposta, nada indecente, feita pelos professores de Matemática da Escola Estadual Profª Justina de Oliveira Gonçalves, Estela Aparecida Fernandes Soares e Gláucio Jacinto de Siqueira, aos alunos dos segundos anos do Ensino Médio em março de 2013. A partir daí, deu-se início a um trabalho que prosseguiu, gradualmente, por 7 meses, até a sua culminância no último dia 31 de Outubro.
Quem esteve presente neste dia de apresentação dos trabalhos desenvolvidos, presenciou uma sala de exposição, iluminada por mais de 20 luminárias coloridas, diferenciadas quanto ao estilo, número de lados e preço. Por falar em “preço”, este também foi calculado pelos alunos, levando em consideração as despesas com a confecção ( material, mão-de-obra ) e possível valor do produto no mercado. As luminárias ainda ganharam etiquetas com seus devidos códigos de barras, que puderam ser lidos com o auxilio do leitor óptico. Quem apenas passou por ali, talvez pode não ter conseguido imaginar quantos assuntos matemáticos estão envolvidos na confecção de um único produto.
O trabalho foi desenvolvido em etapas ao longo do ano letivo, através de atividades diferenciadas, as quais envolveram o uso de régua e compasso, exploração se software matemático em ambiente informatizado, modelagem matemática e construção, pelos próprios alunos, do código de barras do produto.
Segundo os professores, o estudo das Geometrias Plana e Espacial propicia a compreensão e a representação organizada do mundo em que vivemos. A confecção, passo a passo do molde da luminária, contribuiu para resgatar e construir o conhecimento, uma vez que a experimentação contemplou a manipulação de instrumentos próprios e a exploração de recursos computacionais que incentivaram a investigação e o entendimento de conceitos Matemáticos fundamentais.
A atividade de Modelagem Matemática consolidou a importância de descrever, matematicamente, os gastos com a construção do objeto, bem como determinar seu valor de venda para se obter lucro, privilegiou-se a organização e interpretação de procedimento na análise de um problema real.
O estudo do Código de Barras aproximou o aluno da “linguagem da máquina” através da compreensão dos cálculos utilizados na obtenção dos dígitos verificadores, fornecendo a eles as condições necessárias para decifrarem o comportamento dos códigos quando submetidos à leitora óptica.
Todo o trabalho foi direcionado ao desenvolvimento do raciocínio cognitivo através de atividades que incentivaram a observação, a experimentação, a argumentação, a construção e a dedução, itens essenciais na busca do conhecimento.

“Parabéns aos professores e alunos pelo belo e iluminado resultado alcançado!”