Durante a visita do Secretário de Logística e Transportes, Clodoaldo Pelissioni, a Ourinhos na manhã desta terça-feira, 16, o deputado federal eleito Capitão Augusto levantou uma série de problemas enfrentados pelos motoristas que utilizam as rodovias da região, principalmente a Raposo Tavares (SP-270), onde vem sendo registrado grande número de acidentes.

Segundo Capitão Augusto, somente este ano foram 377 acidentes no trecho compreendido entre as cidades de Ourinhos e Piraju, onde há tráfego intenso de veículos e, principalmente, caminhões. Na reunião que aconteceu na sede da Unesp, o secretário chegou a apresentar um projeto de melhoria para a rodovia. A intervenção contemplaria apenas recuperação da pista, pavimentação dos acostamentos e implantação de faixas adicionais.

As benfeitorias, segundo Capitão Augusto, serviriam apenas para “maquiar” a pista e não resultariam em um efeito prático na redução dos acidentes. “Fui integrante da Polícia Rodoviária por um bom tempo e posso garantir com propriedade que essas medidas não são suficientes para amenizar o grande problema que estamos enfrentando em nossa região”, disse o deputado.

Por se tratar de um trecho relativamente pequeno – de aproximadamente 50 quilômetros – o parlamentar eleito solicitou ao secretário Clodoaldo Pelissioni a duplicação da Raposo Tavares entre  Ourinhos e Piraju. “Estamos falando de uma das vias mais violentas do estado de São Paulo que merece uma atenção maior do Estado. Há várias cidades ao longo desse trecho e devido ao enorme fluxo de veículos precisamos desta pista dupla. Faço esse pedido e espero que analisem com carinho, pois não podemos esperar acontecer uma tragédia maior”.

Além disso, Capitão Augusto pediu ainda a implantação de novos retornos nas entradas das cidades, pois os atuais modelos vem favorecendo o aumento de acidentes. “Esses retornos extensos são propícios para acidentes, não podemos acrescentar obstáculos físicos na terceira faixa, muito menos canteiros centrais, não é possível que os senhores (secretário e assessores técnicos) não tenham conhecimento disso. Em dias de chuva, o motorista que sai para ultrapassagem acaba passando por cima desse obstáculo, muitas vezes causando acidentes e envolvendo outros condutores. O retorno deve contar apenas com demarcação de solo, sem a presença de obstáculos”, explicou o deputado.

Trecho Urbano – Com relação ao perímetro urbano da SP-270, que corta a cidade, Capitão Augusto ressaltou a necessidade de implantar mais dois viadutos, além do existente na Av. Jacinto Sá para atender os moradores da Vila Brasil e adjacências. Fez ainda severas críticas à implantação do radar nesta região com limite de velocidade máximo de 50 km/h. “Isso é um absurdo e favorece a aplicação de multas. Em toda a região, os trechos urbanos com canteiro central iguais ao nosso têm limite de velocidade de R$ 80 km/h. Os motoristas que estiverem de passagem pela cidade com certeza serão autuados”.

Ramal Mello Peixoto -  Capitão Augusto também saiu em defesa dos moradores da região do Jardim Itamaraty e do Pacheco Chaves que não contam com um dispositivo de acesso adequado para atravessar o ramal Mello Peixoto e chegar ao centro da cidade. O risco para esses moradores é diário e mesmo assim não há nada concreto para garantir a segurança da população que mora nessa região da cidade. “Quando planejaram a obra na Mello Peixoto, desprezaram totalmente a reivindicação das seis mil pessoas que habitam aquela região. Privilegiaram apenas o pequeno tráfego que liga o Paraná à rodovia Raposo Tavares e isso só trouxe prejuízos aos moradores. Peço uma atenção especial para esse problema, pois vidas estão em risco”, concluiu Augusto.