Para o Sindicato dos Servidores de Ourinhos repasseda inflação dos últimos 12 meses aos saláriosé um exemplo de respeito e valorização dos servidores municipais.                       

A busca da excelência nos processos de trabalho, a qualidade no atendimento ao cidadão e a valorização do servidor público municipal são ações prioritárias para muitos municípios. Pautadas na valorização e capacitação do servidor, essas prefeituras mantém reuniões permanente nas demandas sindicais em questões como negociaçõessalariais.

Um exemplo disso está na cidade de Alto Alegre(SP) a 72 distante 160 km de Ourinhos onde a prefeita Helena Berto rejeitou o reajuste do seu próprio salárioe do vice. Projeto de lei aprovado pelos vereadores do município,  reajustou os salários dos parlamentares em 10,67% com base no índice inflacionário (últimos 12 meses)do ano passado. Assim a remuneração do presidente do Legislativo de Alto Alegre  passa a R$ 4.102,20, enquanto a dos demais parlamentares, R$ 2.392,92.

No caso da prefeita, os rendimentos passariam dos atuais R$ 12.350,00 para R$ 13.673,98. Já do vice, subiria de R$ 3,5 mil para R$ 4.102,00.  Helena atribui o veto à crise econômica e à necessidade de conceder reajuste anual aos servidores, já que eles têm esse direito por lei. “Vamos repassar a inflação de 10,67% aos rendimentos dos funcionários e, por isso, achei bem não aceitar o aumento no meu salário e do meu vice”, disse a governante, que pode disputar a reeleição neste ano.

O fato denota muito mais do que simplesmente a recomposição salarial prevista no artigo 37, da Constituição Federal. Representa a prova de que quando o gestor público tem compromissos com os servidores ele é capaz de cortar na própria carne, tudo para não trazer prejuízos aqueles querealmente fazem a máquina pública andar.

Segundo ela, nas negociações permanentesque mantém com o sindicato que representa a categoria, não se utiliza do argumento apresentado por muitas prefeiturasque justificama crise como impedimento para recompor os salários dos servidores aplicando a inflação dos últimos 12 meses, como manda a Constituição. “Atualmente é preciso muito mais do que boa vontade para ser prefeito; é preciso senso de responsabilidade e reconhecimento de que, na verdade, quem realmente carrega as demandas do município são os próprios servidores” enfatizou. 

Para Helena Berto é preciso olhar para o orçamento municipal e reconhecer a necessidade de valorizar os servidores, e isso é o mínimo que gestores eficientes deveriam fazer. Conforme Helena, em tempos de crise é mais premente ainda que se reconheçaque quem mais precisa de reajuste salarial não é ela, os secretários ou os vereadores e sim os servidores público municipais.

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipaise Autárquicos de Ourinhos e Região que abrange mais 17 cidades entende, que essa deve ser a postura e atitude dos gestores perante ao funcionalismomunicipal.  A categoria que está presente em toda máquina administrativa são as principais engrenagens que movem a vida e o progresso da cidade e sua população, merecem valorização, respeito e reconhecimento por parte dos governantes numa sociedade construída pelos esforços de todos.