VIAGEM AO PANTANAL

Nadir Ferreira da Silva 08/04/2011 - 09:43:36 Artigos

Em determinada época em que residíamos em Campo Grande , capital de Mato Grosso do Sul,recebemos como visita a nós alguns amigos de Ourinhos Sp, resolvemos fazer uma viagem ao Pantanal, na intenção de conhece-lo. Viajando de Belina, logo de manhã iniciamos a viagem, pois tendo como destino a cidade de Corumbá, a qual distanciava-se 200 Km. A comitiva era composta, além de mim, meu genro Luis, seus irmãos Lourival (fio), Lauro e também junto a nós viajava o primo Dorival. As 6 horas deu inicio a viagem, o trajeto constituía em 80 Km de asfalto, isto é até o lugarejo denominado Passo da Lontra, cujo local iniciava o Pantanal . Esse lugar era banhado pelo Rio Miranda, perigosíssimo , pois muita água para um leito estreito, razão disso suas águas corriam com muita velocidade, bom de peixe, isto é todos os rios da região são bem servido de peixes. No Passo da Lontra existe um Hotel, cujo local , seus proprietários conservam alguns animais da região, assim sendo lá conhecemos o Tuiuiú, grande pássaro,como era bem familiarizado conseguimos aproximar dele e tirar umas fotos. Isto era mais ou menos 9 horas, prosseguimos nossa viagem, dali para frente a estrada era de terra batida, isto totalmente já Pantanal, começou a aparecer algumas aves sobre as árvores, macacos fazendo suas algazarras costumeiras, nas margens dos riachos, sobre as pedras notávamos alguns jacarés tomando sol, enfim era uma bela paisagem para contempla-las. A viagem transcorria num clima de harmonia, era só alegria, pois todos conhecendo o local pela primeira vez não queria perder nem um lance até onde sua visão alcançasse . Era muito bonito a harmonia entre as diversas qualidades de animais vivendo sobre o mesmo espaço, onde cada um respeitando-o mutuamente. A distancia conseguimos avistar uma sucuri sobre uma rocha,talvez dormindo, pois a distancia impedia de vermos com clareza o que ela estava fazendo. Na estrada existe muitas pontes de madeira, algumas até mal conservada, obrigando a transpô-la com muito cuidado. Aquela via é muito usada por boiadeiros, onde tocam suas boiadas para transferência de lugar onde eles são remanejados . Lá pelas 12 horas chegamos na balsa sobre o Rio Paraguai, que para chegar em Corumbá, só existe aquele acesso . Logo ao atingirmos o outro lado do Rio fomos revistados pela policia federal ali destacados, onde por motivo de algumas irregularidade na documentação do veiculo, fomos detidos ali e escoltados até a cidade ,onde levaram os documentos e a chave do veiculo para a sede da policia para as providências necessárias. Ai começou nossos desgostos, pois não tínhamos contato nenhum para saber o andamento para nossa liberação. Lá pelas 16 horas, meu genro que na época trabalha no extinto B N H , tinha um amigo que residia na cidade, e conseguiu localiza-lo, relatando o fato. Nós estávamos estacionado em uma praça, mais devido o forte calor, o qual estava na faixa dos 40 grau, até na sombra estávamos todos suando e desconfortavelmente pela situação. A esposa desse amigo do meu genro era advogada, o que nos ajudou muito, pois sua intervenção no caso surgiu uma luz de esperança, e as 17 horas veio a liberação. Naquelas alturas ninguém mais tinha ânimo para nada, e a solução mais correta foi iniciar o retorno para Campo Grande. Todos sem almoço, nervosos, sem disposição para alguns diálogo, a viagem tornou-se um mau estar generalizado. Fizemos uma parada em um bar a beira da estrada para comer alguns salgados, e só. Para ter uma idéia nem para dirigir ninguém tinha disposição, haja visto de que no retorno houve uma troca de motorista, no mínimo três vezes. Em Corumbá o desespero apoderou-se de um modo geral, pois o tempo estava passando, a solução não vinha, nós sem nenhuma expectativa de solução, até que surgiu a idéia do Luiz em sair a procura de amizades para conseguir nossa liberação, até ai da para avaliar nossa aflição. O tempo nestas ocasiões não passa, uma hora vira uma eternidade. Graças a Deus liberados, as 20 horas chegamos em casa. Ao chegar , outra barra, pois as mulheres estavam furiosas, pois elas alegavam que nem um dos maridos disseram para ela onde iam , pois a vontade delas era também conhecer o Pantanal. Enfim, foi um Deus nos acuda para acalmar aquelas furiosas , sempre dando alfinetadas em seus maridos pelo ato praticado, alegando que eles saíram escondidos. De todos os casais, só minha esposa não brigou, não sei por que ela estava calma. Todos os casais que brigaram estão juntos até hoje, eu que não tive briga com minha mulher, estamos separados desde 1992. Só pode ser ironia do destino Este fato ocorreu em 1988 Ourinhos abril 2011
Nadir Ferreira da Silva
Email: nadirferreirasilva@hotmail.com

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