Depoimentos confirmam formação de Cartel para licitações na Prefeitura de Ourinhos

Não fugindo a rotina de a cada novo depoimento mais comprometimento ser apontado entre as empresas de Cambará-PR que participaram de licitações e contratos com a Prefeitura de Ourinhos desde a gestão passada, quando Toshio Misato era prefeito e se iniciaram as negociações com as empresas investigadas na CPI, negociando mais de 05 milhões com licitações realizadas entre empresas de propriedade supostamente de uma pessoa apenas, Sr. Jair Bertinatti (tendo familiares e funcionários como sócios), os novos depoentes, Marcos Margutti, Vinícius dos Santos e Hélio Kobata conseguiram documentar mais ainda o que o vereador presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito chamou de "FORMAÇÃO DE CARTEL", fato que a CPI espera concluir com a ouvida do atual chefe de gabinete da Prefeitura de Ourinhos, Sr. José Luiz Teixeira Quenca, na tarde do dia 31 de agosto, amanhã, na Câmara Municipal.O depoente Vinícius dos Santos, funcionário lotado na Secretaria de Educação, setor de pequenos reparos, após afirmar ser apadrinhado pelo vereador Vadinho, disse que requisita (va?) e recebe (ia?) mercadorias, que carimbava, datava e assinava notas fiscais quando essas acompanhavam as mercadorias, checando a qualidade inclusive, materiais elétricos e hidráulicos além de tijolos e outros, sendo certo ter afirmado que uma pessoa de nome RODRIGO trazia as notas fiscais, confirmando a entrega desse mesmo documento também de empresa concorrente (AF Comércio de Materiais de Construção, de Dona Cristina) enquanto empregado da Santa Clara Materiais de Construção. Já Marcos Margutti, ex-funcionário da Prefeitura de Ourinhos também na gestão Toshio Misato, disse ser na época Coordenador de Suprimentos e Logística diretamente ligado ao setor de Compras e Licitações, atuando na discriminação do que seria comprado e apontando o preço de mercado previamente buscado como pré-cotação para instruir as licitações, tendo participado de mais ou menos 50 processos licitatórios. 

Perguntado, Margutti informou a CPI, não existir pregão com apenas uma empresa participante e que o Pregoeiro é nomeado pelo prefeito municipal, independente do Secretário.

Também comentou Margutti ser conhecido na cidade onde tem uma namorada e eventual preferência de Jair Bertinatti enquanto pretenso candidato a prefeitura de Cambará-PR apenas, ou seja, ter compromisso somente de campanha, até o dia 03 de outubro, desconhecendo os negócios do empresário, mas conhecendo alguns participantes citados pela CPI diante de contatos extraoficiais nas calçadas que ligam as secretarias da PMO.

O último a depor, Hélio Kobata, coordenador de Obras também desde a gestão Toshio Misato, disse desconhecer CRISTINA, mas que viu o marido dela na Secretaria de Obras e sabe dele vender material elétrico. 

Perguntado respondeu que não era de sua competência receber nenhum material, porém posteriormente Kobata confirmou ter recebido carimbado e assinado os materiais anteriormente perguntados e negados, citando ser em nome do Secretário José Roberto Barros de Carvalho.