Depôs nesta terça-feira, 27/03, como testemunha, na CPI da Fosfoetanolamina, ou da “pílula do câncer” como é popularmente conhecida,  o dr. José Otávio Costa Auler Júnior, Diretor da Faculdade de Medicina da USP e Presidente do Conselho Deliberativo do HCFMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo). A afirmação da testemunha de que a “CPI é legítima” contradiz o artigo publicado no site da instituição, no dia 28 de novembro de 2017 e assinado pelo próprio dr. José Otavio.

O trecho inicial do último parágrafo do comunicado (veja a íntegra no link abaixo) diz: “Se há ainda alguma dúvida sobre a eficácia da citada substância, um caminho recomendável seria a ALESP ajudar a viabilizar um novo estudo, em outro centro público de notória capacidade, em vez de instalar uma CPI”.

O relator, deputado estadual Ricardo Madalena, leu então a íntegra do comunicado e em seguida perguntou se a opinião da testemunha era a mesma ou mudou diante da instalação da CPI e de sua apuração. Nesse momento, o dr. José Otávio afirma: “A CPI é legítima. Representa os interesses da população e é mais que legítimo se existe uma dúvida se a droga é efetiva ou não que haja uma apuração. (….) Como tem dinheiro público e tem interesse da população é mais que justo que a CPI faça suas indagações”.

A CPI da Fosfoetanolamina investiga se os procedimentos realizados pelo Icesp  com a substância seguiram o protocolo e as normas da Anvisa, quanto o governo de São Paulo empregou em recursos e se estes foram bem empregados.

Comunicado da USP sobre a CPI das Fosfo em novemebro de 2017 (http://www.fm.usp.br/es/noticias/comunicado-da-diretoria-sobre-fosfoetanolamina)