Laudo aponta que rubis têm valor 65 vezes menor do que informado.

Laudo divulgado pela Polícia Federal (PF) de Bauru revela que os rubis em forma bruta apreendidos pela Polícia Rodoviária de Jaú com três homens em setembro de 2017 foram avaliados em R$ 34 mil - valor 65 vezes menor do que os R$ 2,2 milhões informados por eles na ocasião, o que, segundo a polícia, reforçaria tese de eventual tentativa de estelionato.

Conforme divulgado pelo Repórter na Rua, os homens, todos de Ourinhos, informaram à polícia no momento da abordagem que os mais de 13 quilos de pedras que estavam no carro ocupado por eles eram rubis no valor de R$ 2,2 milhões que seriam usados para pagar propriedade rural em Ribeirão Preto adquirida por morador de Assis.

A delegada federal Ana Carolina de Freitas Gholmie explica que o dono das pedras apresentou documento dizendo que elas foram extraídas de lavra autorizada na Bahia. "Pedi confirmação para a Agência Nacional de Mineração porque o que configura crime federal seria a extração irregular de lavra sem autorização de órgão federal", afirma.

Se a origem legal dos rubis for comprovada, a delegada conta que juiz federal poderá remeter o processo à Justiça Estadual para apuração de eventual tentativa de estelionato, já que o valor das pedras está bem abaixo do declarado. "O proprietário da fazenda disse que não sabia que o possível comprador iria pagar em pedras brutas", diz.