“Todos os indicadores da COVID-19 em Ourinhos contrariam as medidas excessivas de
isolamento horizontal”, defende Robson Martuchi, presidente da ACE

Desde quinta-feira passada tramita na Justiça do Estado um mandado de segurança
impetrado pela Associação Comercial e Empresarial de Ourinhos (ACE) que pede a
reabertura gradual do comércio de Ourinhos. Para o presidente da entidade, engenheiro de
Produção Robson Luís Martuchi, as estatísticas da COVID-19 no município demonstram que
a realidade é diferente de outras localidades do país, justificando o pedido de reabertura
do comércio.
Martuchi argumenta na ação judicial que todos os indicadores requerem atenção
das autoridades e da população mas são expressivamente pequenos. De outro lado, o
presidente da ACE, que é também diretor regional da FIESP (Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo), lembra a quantidade de leitos hospitalares disponíveis, com mais de
200 entre o complexo da Santa Casa e Unimed, sendo 30 leitos de UTI. “Vemos no dia a dia
das informações oficiais da própria prefeitura e da Santa Casa, que as altas médicas se
sucedem uma atrás da outra, sem falar na quantidade significativa de casos não
confirmados e a ocorrência de um óbito e ainda não confirmado”, afirma Martuchi.
Segundo ele, a ACE defende todos os cuidados preventivos recomendados pela OMS
(Organização Mundial de Saúde) e Ministério da Saúde mas dentro de um planejamento
estratégico para que outras áreas, como a econômica, renda e geração de empregos, não
sofram prejuízos irrecuperáveis no curto prazo. “Somos da opinião do isolamento vertical,
com todos os grupos de risco em casa e pessoas saudáveis no trabalho, obedecendo a todos
os cuidados amplamente divulgados”, defende o presidente da ACE.
Robson Martuchi propõe que, havendo aprovação da reabertura pela Justiça, a ACE
sente à mesa de negociação com a prefeitura e autoridades da saúde local para definirem
em conjunto um plano de retorno, com a opção de horários alternativos, medidas de
prevenção, entre outras questões como a de abertura parcial de creches para filhos de
comerciários ou acordo com comerciantes para liberação temporária desse perfil de
trabalhador do comércio.