Um dia logo de manhã ao levantar-me bateu uma saudade de minha tia, irmã de mamãe que morava em Santa Catarina, pois há mais de cinco anos que nós não se via. Estando em férias do trabalho, falei para a mamãe da minha saudade e aproveitando os últimos dias das férias estava com vontade de fazer uma visita para ela. Como não era acostumada a viagem, principalmente só, mamãe achou estranha minha decisão em realizar aquela viagem sozinha, levando em conta a distancia que se separava nossa morada com a da minha tia, sua irmã. Pensei, todas as coisas sempre tem a primeira vez, está estava prestes a acontecer... Fui até a rodoviária reservei minha passagem para sábado de manhã para embarcar rumo a Santa Catarina lugar onde residia a tia. Ao adquirir a passagem notei que a poltrona era de numero 45, daí conclui que o ônibus estava quase lotado. Na noite que antecedeu a viagem choveu muito, inclusive mamãe alertou-me de que era muito perigoso viajar em tempo chuvoso, porém, por nada impediria a viagem e na data e hora marcada aconteceu a viagem. No ônibus, acomodei-me na poltrona, pensei comigo que viajaria só naquela poltrona, pois já estava para partir o ônibus e ninguém havia ocupado a poltrona 46 junto a minha. Logo que o ônibus se propôs para a viagem, veio um rapaz bem vestido, olhos azuis, alto e risonho, o qual ocupou aquela poltrona, alias a única vaga. Ao ver aquele belo rapaz ao meu lado, nossos olhares se cruzaram, que tão logo ao inicio da viagem já começamos a conversar, pois demonstrava bem educado e falava somente assuntos que demonstrava que tinha alguma cultura e demonstrando possuir curso superior. Nossa viagem transcorreu em clima de paz e harmonia, falávamos de assuntos diversos, inclusive alguns de nossa própria vida. Interessante que nosso destino foi o mesmo, isto é a mesma cidade! Quando desembarcamos, ao se despedir trocamos os telefones para novos contatos, pois segundo percebíamos os assuntos não havia se encerrados ali. No diálogo fiquei sabendo que também morava em São Paulo, era advogado e trabalhava para uma firma internacional, que estava fazendo aquela viagem para visitar seus pais. Enquanto sua estada e a minha na cidade tivemos uns dois ou três contato via telefone; Ao regressar para casa, a imagem daquele homem ficou no meu subconsciente, daí através do telefone e da firma consegui localizá-lo, e o convite para que ele viesse até em casa, pois gostaria que ele conhecesse minha mãe e meu irmão, era minha família, haja vista de que papai já havia falecido. Decorrido alguns dias Marcelo apareceu, até jantou conosco. Tanto mamãe como meu irmão João simpatizaram muito com ele. Mais algumas visitas, até que um dia ele pediu-me em namoro, pois tinha propósitos sérios. Interessante, aquele pedido não me surpreendeu, pois não sei explicar mais já esperava esse pedido por parte dele. Após contatos com mamãe e o João, os quais não se opuseram, começamos o namoro que durou seis meses, daí o noivado, inclusive ele trouxe seus velhos para nós conhecer e também participar dos festejos da cerimônia do compromisso. Somaram-se quatro meses após nosso conhecimento durante a viagem. Mais seis meses de namoro e daí um ano de noivado, veio o casamento. Hoje faz dois anos de nossa união, vivemos felizes graças a Deus. Em casa existe muita paz e compreensão e acima de tudo muito amor. Meu irmão se casou, mamãe está morando conosco. Continuamos residindo em São Paulo, Marcelo ainda trabalha na mesma firma e agora para a alegria do nosso lar estamos aguardando a chegada da Giovana que será para os próximos sessenta dias. Nunca tinha viajado sozinha e Deus reservou para mim aquele momento feliz, onde resolvi visitar minha tia que no transcurso da viagem fui presenteada com o Marcelo, agora meu esposo. Obrigado Deus pelo presente.
Ourinhos janeiro 2011 Nadir Ferreira da Silva Pensador
(Qualquer semelhança será mera coincidência)
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