POLICIAIS MILITARES DO CPI-4 RECEBERAM PROFISSIONAIS DA ROTA DE SÃO PAULO E SIMULARAM SITUAÇÕES DE ATAQUE E TROCA DE TIROS
Cerca de 120 policiais militares da Força Tática da região do Comando de Policiamento do Interior-4 (CPI-4), que abrange os batalhões de Bauru, Marília, Jaú, Ourinhos, Assis e Lins, participaram ontem, em Bauru, de um seminário ministrado por 12 policiais do 1º Batalhão de Polícia de Choque de São Paulo, a Rota.
O objetivo do treinamento é qualificar e aprimorar as ações da Força Tática. Em Bauru, é a primeira vez que os policiais são capacitados diretamente pela Rota. “Através do treinamento, os policiais do Interior puderam ter contato com a equipe da Capital, que é referência para o atendimento de ocorrências de crimes considerados mais graves, que representam riscos à comunidade e aos próprios policiais. O momento ainda é oportuno para trocar experiências”, disse o tenente Bruno Mandaliti Scarp, comandante do 1º. Pelotão de Força Tática. O treinamento começou às 8h, na Faculdade Anhanguera. Pela manhã, o grupo teve aulas teóricas sobre doutrina de policiamento de Força Tática, escrituração policial militar, manutenção, condução e deslocamento da viatura em emergência policial. À tarde, eles colocaram na prática os temas abordados. Através de simulações, realizadas no estacionamento da faculdade, os policiais praticaram procedimentos que têm de ser adotados em situações de alto risco. “O treinamento prático foi focado no uso das viaturas de quatro rodas - caminhonetes cabinadas -, em situações que os policiais são atacados. Eles aprendem como devem reagir e revidar nesses casos”, enfatizou o coordenador operacional do 4º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM-I), capitão Flávio Jun Kitazume. Foram feitas várias demonstrações, que testaram a agilidade e atenção dos policiais. Eles foram divididos em grupos de quatro a cinco componentes cada um e simularam ocorrências, chamadas de “manobras defensivas”, em que eram atacados e que havia troca de tiros.
Em todas elas, os profissionais precisaram seguir uma série de técnicas, que contemplavam posicionamentos específicos e regras de uso de arma de fogo, dentro de uma perspectiva estratégica.
“Nessas ações militares, nós levamos em conta a segurança dos policiais, escolhendo a melhor técnica que minimize risco a eles e também à sociedade”, frisou Mandaliti. “Os policiais, para ter uma boa performance, precisam de muita atenção e equilíbrio. O treinamento é realizado em forma de exercícios repetitivos, que preparam o profissional para atuar de forma ágil, de maneira que incorpore e mentalize facilmente os procedimentos defensivos para enfrentar o dia-a-dia”, ressaltou o 1º tenente da Rota de São Paulo, Luís Humberto Caparroz. APOIO EM ÁREAS CRÍTICAS

A Força Tática atua diariamente em apoio às mais variadas ocorrências policiais, preferencialmente em áreas críticas que apresentam elevados índices de criminalidade e violência. Em Ourinhos, roubos, furtos e tráfico de drogas são exemplos de crimes que recebem reforço dos policiais da Força Tática freqüentemente. Ela atua em conjunto com interesses de segurança pública, Intensificação do policiamento, repressão ao crime organizado ou em locais com alto índice de crimes violentos e controle de tumultos são alguns exemplos de ações da Força Tática. Esses profissionais têm uma preparação específica para executar patrulhamento, chamado de tático, que inclui viaturas específicas, do tipo caminhonete cabinada, e armamento reforçado.
Mariana Cerigatto