O PÁSSARO DO SEU BASTOS

Nadir Ferreira da Silva 14/08/2011 - 15:45:51 Artigos

Em Wenceslau Braz, cidade localizada na divisa das regiões Sul e Norte do Paraná, por tanto um clima ameno. Por ser servida pela estrada de ferro, e dali além da linha tronco, iniciava um ramal que se estendia até as minas de carvão que se localiza além da cidade de Ibaiti. Sendo um pólo ferroviário, lá havia um deposito, cujo local fazia manutenção das locomotivas e vagões, dando condição para o tráfego. Sede de aproximadamente 200 empregados da empresa, em diversas categorias, tais como: pessoal de estação, pessoal de trem, pessoal de manutenção do leito da linha, maquinistas, auxiliares e outros todos necessários para o bom desempenho da ferrovia. Na linha tronco, além dos trens cargueiros diariamente circulava 4 trens de passageiros. No ramal da mineração existia 2 trens de passageiros e alguns carvoeiros, considerando a escoação do carvão mineral para as grandes metalúrgicas espalhadas pelos outros estados. Como em cada aglomeração de pessoas aparecem alguns com gosto por certas coisas, que se tiver condição, ali colecionam, enfim é um Hobi . Lá não poderia ser diferente e daí, abaixo vamos narrar a passagem pitoresca de um pássaro adquirido pelo Sr Bastos “maquinista”, pois o mesmo era apaixonado por passarinhos, e se houvesse condição ele adquiria alguma espécie diferente, isto é, para sua coletânea, a qual em sua casa possuía um grande viveiro para a acomodação dos pequenos pássaros. “Um dia, após sua jornada de trabalho, entregue o serviço a outro, rumou-se a sua residência, porém, havia adquirido um pássaro preto durante a viagem e levava consigo para juntar-se aos demais em seu viveiro. Durante o trajeto alguns meninos vendo aquele passarinho, perguntou ao seu dono (Seu Bastos o que esse passarinho come), ele calmamente respondeu: come alpiste, alface, couve etc, porém, pelo jeito da resposta os meninos gostavam de brincar com aquele homem, e lá vinha novamente a pergunta: só come isto? não respondeu o sr Bastos, come também, milho, arroz, comida etc... Sendo o Sr Bastos muito nervoso aquelas perguntas já estava lhe aborrecendo. Só isso perguntaram ainda os meninos...não come também guri mal educado, intolerante, vagabundo que não tem o que fazer e andam pelas ruas só aborrecendo os mais velhos... A resposta deu no que aqueles meninos queriam, saíram do local soltando seus risos de satisfação, enfim conseguiram deixar aquele velho nervoso. Esta é mais uma das histórias que conhecemos durante nossa vivência como ferroviário.

Ourinhos agosto 2010 Nadir Ferreira da Silva
Ferroviário Aposentado.
Email: nadirferreirasilva@hotmail.com


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