ATITUDE INFANTIL

Nadir Ferreira da Silva 01/09/2011 - 12:51:21 Artigos

Ainda na juventude, eu e meus irmãos, todos juntos sobre a proteção de Papai e Mamãe. No lugarejo em que morávamos, propriedade da Indústria de Papel, da qual nosso pai era empregado, existiam mais ou menos 30 famílias, todas com vínculo no serviço da Empresa. Éramos católicos, a cada 30 ou 60 dias um padre vinha celebrar missa na capela existente no lugar. Devido a está pouca visita dos padres nós também pouco freqüentávamos a igreja, somente quando o padre aparecia para celebração da missa. Lembro-me bem, pois na época eu tinha meus 8 anos, daí vem a mente dos acontecimentos vividos... As Igrejas Evangélicas em ascensão, quase todos os lugares apareciam adeptos e aos poucos com reuniões quase diariamente começavam a chamar as pessoas para participar dos cultos, inclusive aproveitando a ausência dos padres, para eles tornava mais fácil a divulgação dos trabalhos e com isso aumentava os fieis para as reuniões e deixarem o catolicismo, seguindo a igreja evangélica. Dentre essas pessoas mamãe aderiu a nova religião. Sendo nós filhos obedientes a acompanhamos e ficamos frequentadores assíduos da igreja. Decorrido alguns tempo minha mãe foi levada ao batismo, o qual aconteceu em um domingo, em um riacho próximo. Como era de costume, o irmão que recebia o batismo reunia os irmãos na casa e lá servia um lanche. Tudo preparado os ingredientes, só aguardava a hora de saborear. Minha mãe arrumou a mesa com muito carinho, centralizou-a no meio da cozinha, colocando nela todos os bolos e salgados, incluindo refrigerantes, ao redor da mesa foi colocado as cadeiras para os convidados ficarem sentados confortavelmente. Na hora do lanche todos os irmãos ao redor da mesa, em pé de olhos fechados fizeram a oração de agradecimento pelo momento. As crianças sempre próximas, eu e meu irmão Ari (11 anos). Enquanto os adultos oravam meu irmão puxou a cadeira do Pastor uns 2 metros para traz, daí logo ao termino da oração a queda foi fatal. Minha mãe não sabendo o que fazer diante da situação, limitou-se a pedir desculpas. Dos presentes só faltava o Ari, razão que condenou ele pelo ato. Passado o episódio todos comeram e logo a seguir se despediram. Meu irmão só apareceu altas horas da noite, trazendo um grande feixe de lenha. Quando começou a guardar minha mãe de posse de um cinto deu-lhe muitas cintadas nele, dizendo: isto é para você nunca mais agir dessa maneira... Meu irmão nada tendo a dizer, olhou bem para mãe e disse: a senhora não tem coração, trouxe toda essa lenha ainda estou apanhando!!!!. Coisas de crianças, ato que muitas vezes deixam os pais em situações difíceis!!!!!!!!! Esta história foi mais uma das acontecidas quando éramos crianças. Após a morte de mamãe fiquei morando com minha avó, muito religiosa, segui seus passos e com isso tornei-me católico novamente.

Ourinhos setembro 2011 Nadir Ferreira da Silva
Pensador

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