FERROVIA - ( VIAGENS À SERVIÇOS )

Nadir Ferreira da Silva 03/11/2010 - 13:43:04 Artigos

Quando em função das nossas atividades, as viagens faziam parte de nossa obrigação, as quais eram necessárias, com isso sempre fora de nosso lar... Existindo diversos supervisores, isto é, cada um trabalhando dentro das normas exigida acordo com o departamento em que pertencia o empregado. Razão disso havia supervisor de tração, de trens, de estações, de obras e outros. Geralmente as viagens tinham como partida às sedes de cada funcionário, e ao longo do trecho se reuniam aonde houvesse necessidade oriunda do próprio serviço. Os pontos de pernoite geralmente se localizava nos núcleos das sedes da maioria dos empregados. Pela razão acima, eram freqüente os encontros dos supervisores nos fins da tarde para seus repousos necessários. Era comum, em cada local de pernoite o pessoal escolherem um lugar aonde todos faziam suas refeições, alguns até pernoitava. Um dos lugares que mais nos chamou a atenção foi Apucarana, pois lá existia uma pensão por nós freqüentada. Naquele local existiam algumas particularidades que nós éramos obrigados a usá-lo, haja vista de nossas necessidades. Os proprietários “alemães”, todos os membros da família fazia o atendimento do estabelecimento (pensão), ex: a mãe e a nora eram responsáveis pelas refeições um dos filhos tinha como obrigação não deixar faltar o café, pois este produto de produção própria havia necessidade de socar no pilão, após retirar todas as cascas, torrar manualmente e moer, deixando o pó em ponto de uso. Nas compras necessárias para a manutenção era incluído o jornal velho. Estes jornais em casa era feito tudo em fita, colando uma na outra, sendo sua largura de 8 cm, os quais seriam feito rolo para uso no mictório em substituição ao papel higiênico. Antes de deitar necessariamente haveria a necessidade de tomar banho. O chuveiro era água normal, porém devido o clima daquela região precisava aquecer um pouco a água, e no chuveiro existia uma ligação a gás onde aquecia, porém a chave que ligava ficava do lado de fora, a qual era controlada pelos proprietários, com isso muitas vezes no meio do banho já desligavam o gás e a água voltava a sua temperatura normal, enfim era um sufoco sem fim quando precisava fazer uso do banheiro. Com todas estas dificuldades, nós sempre usávamos aquela hospedaria, pois ali a alimentação era ótima, bem feita, cardápio variado, muita higiene, proprietários todos muito educados, muita seriedade e confiança no local, e ainda preços módicos, a altura de nossas possibilidades financeiras. Daí então, alguns inconvenientes localizados eram superados por nós, considerando o lado positivo que desfrutávamos, recebendo bom tratamento por parte dos proprietários do estabelecimento. É mais uma história que faz parte do passado de nossa vida, quando em viagem a serviços da ferrovia. Um abraços a todos os colegas que comigo também viveram a mencionada situação. Ourinhos outubro 2010 - Nadir Ferreira da Silva Ferroviário.

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