VIVENDO O PASSADO

Nadir Ferreira da Silva 06/02/2012 - 13:20:14 Artigos

Tudo começou quando eu tinha 5 anos de idade. Vivia com papai e mamãe em bairro de uma cidade interiorana.

Ligado a nossa casa morava um casal que tinha uma filha com idade igual a minha, tornamos amigas e companheira, onde seus pais passeavam, ela convidava-me e com consentimentos de meus pais eu também lá estava no passeio em sua companhia. Se alguém quisesse saber de mim era só ir à casa de minha colega que lá estava eu. Meus pais com muita amizade com os pais dela demonstravam satisfação ao ver nossa conduta, pois nunca houve briga entre nós. Fomos matriculadas no mesmo colégio, ali estudávamos e sempre juntas, pois nossas tarefas escolares fazíamos juntos, ora em casa, ora em casa da colega. Havia apenas 6 meses de diferença de idade, inclusive nossos pais resolveram comemorar nossos 15 anos no mesmo dia, ofereceram a nós uma bela festa, até hoje recordamos com muita alegria . Terminamos o 2º grau juntas, daí aos 18 anos prestamos vestibular, eu para psicóloga e ela para enfermagem, também no mesmo local, onde conseguimos ser aprovadas e iniciamos nossos cursos na mesma faculdade. Papai comprou um automóvel e esse veículo era nosso meio de transportes, isto para estudo como para nossos passeios em finais de semana. Aos 22 anos minha colega fez uma surpresa a seus pais oferecendo a eles uma festa em comemoração aos seus 25 anos de união matrimonial. Fomos todos convidados e com satisfação minha família também participou. Minha colega tinha um irmão de sua mãe que morava em outra localidade e ao receber o convite, compareceu e participou das comemorações em companhia de sua esposa e um filho com idade aproximadamente de 30 anos, belo rapaz, solteiro, sem namorada, minha colega apresentou-lhe dizendo: olha, Jorge esta moça é minha melhor amiga, isto desde meus cinco anos. Após a apresentação ficamos junto durante a festa, seus pais muitos gentis, isto até ao termino da festa. Jorge era advogado e exercia sua profissão no local onde residia. Após aquela aproximação começamos a um namoro, embora a distância, ele vinha a cada 15 dias e assim estávamos levando em frente aquela aproximação. A fim de expandir sua área de trabalho, notando dificuldade na cidade onde residia, resolveu procurar um centro maior,daí junto com seus pais resolveram vir morar na cidade onde nos residíamos . Aquela atitude por eles tomada, para mim foi uma bela surpresa agradável, pois ficaria mais tempo junto ao meu namorado. Eu e minha colega concluímos nossos estudos, começamos a trabalhar, meu namorado também montou seu escritório e tudo corria bem. Infelizmente eu possuía um ciúme doentio e autoritário, pois qualquer aproximação de uma mulher a ele já havia maus pensamentos e muitas desconfiança, daí vivia constantemente em crise de briga, afinal, a profissão dele exigia diálogo direto com as pessoas independente de ser homem ou mulher, afinal ele era um advogado. Ele demonstrava muito amor, dedicação e respeito para comigo, só que eu não conseguia enxergar devido a aquele ciúme doentio. A cada dia a situação estava ficando insustentável, chegando a ponto de um dia eu discutir até com a mãe dele. O resultado daquele mal entendido, sua mãe reclamou para ele do meu procedimento. Em uma tarde fui até sua casa, lá chegando ele estava no telefone, me desesperei e perguntei: quem era a vagabunda com quem ele estava falando, ele pediu desculpa e desligou,dirigiu-me as seguintes palavras: olhe aqui Olga me cansei de você, do teu modo de agir, isto para mim basta... por favor vá embora e não mais me procure, pois entre nós nada mais existe... Senti firmeza em suas palavras, fui embora e ai acabou nosso namoro,exclusivamente por meu ciúme exagerado, alem de tudo demonstrei total falta de confiança no homem que amei. Isto aconteceu a uns 3 anos, continuo esperando por ele, embora o retorno seja remoto. “Cuidado com o ciúme doentio”.

Ourinhos janeiro 2012 Nadir Ferreira da Silva Pensador

Foto Meramente Ilustrativa

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