JUIZ ACEITA PROPOSTA DE VENDA DA USINA AGREST

assessoria 18/04/2012 - 18:48:32 Região

Decisão tem prazo de 10 dias para partes se manifestarem a favor ou contra para que a venda seja efetivada e a Usina volte a funcionar.

A população de Espírito Santo do Turvo já está vendo “uma luz no fim do túnel”, pois a situação da Usina Agrest, parada desde setembro de 2011, pode se regularizar nos próximos dias. Nesta terça-feira, 17, o juiz Luiz Beethoven Biffoni Ferreira aceitou uma proposta para que a usina Agrest seja vendida. O juiz enfatizou o caos social da cidade, justificando a necessidade da venda e da volta imediata das atividades da usina.

A venda ainda não foi totalmente concretizada, pois há um prazo de no máximo 10 dias para o síndico da massa falida da Petroforte e promotor do processo de falência se manifestarem oficialmente. Assim que houver a concordância, a venda será firmada e os trabalhadores começam a receber seus acertos atrasados. O síndico e promotor já acenaram para a concordância com a venda, mas como ainda não foi formalizada, é preciso aguardar o prazo final.
Em seu texto, o juiz lembra que já houve dois leilões infrutíferos e que a usina se desvaloriza a cada dia. Além disso, fala dos graves problemas com fornecedores, que ainda não receberam. “Ora, uma cidade está parada, à espera da reativação da Usina. Sua economia está estagnada. O comércio está estagnado, famílias sofrendo, problemas sociais de desemprego e miséria se avolumando. O bem comum manda que o Juizo, sem temor nem favor, decida”.

O juiz Beethoven ainda cita como sabe da situação que a cidade se encontra. “O senhor prefeito municipal de Espírito Santo do Turvo, cidade dependente da Usina, toda semana comparece em Juízo. Seu desespero é patente”, diz o magistrado. Ainda enfatizando o caos social, o juiz relata que recebeu duas senhoras fornecedoras de cana que imploraram por providencias. “Houve choro e momentos dramáticos”, revela.

O juiz demonstrou ainda em seu texto que a massa falida só irá se beneficiar com a decisão. Na ocasião da falência do grupo Petroforte, o proprietário Ari Natalino possuía apenas 50% da usina. A massa irá receber a totalidade da empresa, além das terras e agora mais R$ 10 milhões, pois o valor calculado da empresa era de R$ 200 mi e a proposta de compra foi de R$ 210 mi.

Caso a venda seja concretizada será feito o pagamento dos direitos trabalhistas e pagamento de fornecedores da Agrest. O dinheiro irá para a massa falida que deve usar para pagar parte das dividas trabalhistas e de fornecedores da Sobar e das outras empresas do grupo Petroforte.




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