OBRAS DA CONCHA ACÚSTICA SERÃO RETOMADAS

Prefeitura M. de Ourinhos 19/06/2012 - 18:19:26 Cidade

Laudos técnicos comprovaram a necessidade de demolição de parte comprometida

Após alguns meses de paralisação para definição das responsabilidades pelos problemas estruturais surgidos na cobertura da Concha Acústica, a Prefeitura determinou o recomeço das obras.
Os fiscais da Prefeitura, juntamente com a responsável técnica da empresa Chammas Construções Civis Ltda., arquiteta Marina Chammas, detectaram problemas estruturais, no momento em que as escoras das formas começaram a ser retiradas. Por motivo de segurança, o Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano, Roberto Alves de Oliveira, ordenou a paralisação imediata das obras e a consequente interrupção dos pagamentos à empresa até que fossem feitos laudos conclusivos sobre os problemas.
O responsável técnico pelo projeto arquitetônico, arquiteto Gustavo Gomes, Coordenador de Urbanismo da Prefeitura, solicitou à empresa contratada que apresentasse os relatórios do concreto. Apesar dos relatórios mostrarem que o concreto estaria dentro das especificações técnicas, por prudência, a equipe da prefeitura recomendou que fosse contratado um laboratório especializado para apresentar um laudo isento. “Não se trata de uma obra simples, milhares de pessoas estarão sob a cobertura desta Concha Acústica, a segurança da população não tem preço”, afirmou Roberto Alves de Oliveira.

LAUDOS APONTARAM PROBLEMAS NO CONCRETO

Após o período necessário para contratação e elaboração do laudo técnico, o CETEC, Centro Tecnológico da Faculdade de Engenharia de Lins, um dos mais renomados laboratórios em engenharia, confirmou que havia sido utilizado um concreto com resistência muito inferior ao especificado pelos engenheiros projetistas.
O laudo foi enviado à empresa construtora que solicitou prazo para buscar soluções e para avaliar o relatório. “Ninguém pode ser acusado e julgado sem ter o direito de se defender”, afirmou o arquiteto Gomes, que lembra que a empresa sempre se comprometeu a buscar a melhor solução para o impasse criado. “Certamente, em um caso delicado como este, é preciso ser cauteloso, pois a pressa pode trazer prejuízos para todos os envolvidos”, concluiu o coordenador.
Para garantir total idoneidade e para se defender de problemas jurídicos, a construtora contratou um novo laudo do concreto, de forma a confirmar o primeiro relatório. O laboratório de ensaios técnicos Falcão Bauer, de São Paulo, concluiu que o concreto realmente estava muito aquém do especificado.
Tanto os técnicos quanto os assessores jurídicos da empresa construtora concordaram que a empresa deverá arcar com os custos da demolição da parte comprometida e que a reconstrução deverá ser iniciada o mais breve possível. “Toda a discussão sobre este assunto mostrou que não houve má fé por parte da construtora, que comprovou que comprou o material especificado. A Prefeitura fez seu papel de fiscalizadora, agiu com rigor e com precisão. Agora caberá à empresa, que tem um nome a zelar, pois conta com mais de 30 anos no mercado, exigir o ressarcimento dos gastos para seus fornecedores”, concluiu o Secretário Roberto.

HISTÓRICO

Há muito tempo a cidade de Ourinhos deseja ter um palco de grandes proporções para abrigar eventos culturais, como dança, música e teatro. A riqueza da vida cultural da cidade justifica este investimento. Em 2009, o coordenador de urbanismo e professor do curso de arquitetura das Faculdades Integradas de Ourinhos, Gustavo Gomes, sugeriu a seus alunos um trabalho acadêmico com um projeto de ocupação cultural das áreas ao redor do Centro Cultural Tom Jobim. Entre os trabalho apresentados, um se destacou, pela qualidade e pela beleza plástica.
O aluno Márcio Mira (atualmente já formado), morador de Santa Cruz do Rio Pardo, desenvolveu um projeto abrangendo a Secretaria de Cultura, um Museu, uma Biblioteca, uma Escola Municipal de Teatro, um Teatro e a Concha Acústica. Gustavo Gomes apresentou este trabalho à Administração da cidade e recebeu um sim do Prefeito Toshio Misato para desenvolver um projeto executivo da Concha Acústica baseada naquele estudo. Obviamente, o estudo acadêmico do então estudante Márcio sofreu algumas adequações de viabilidade técnica e financeira. Com este projeto desenvolvido, o Prefeito buscou verbas e, no ano de 2010, o Governo Estadual estabeleceu convênio com Ourinhos para a construção da Concha, que no ano seguinte, por meio da Lei 5669, foi batizada como Concha Acústica Sérgio Nunes, em reconhecimento a um dos mais inventivos criadores culturais que a cidade já teve.

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