CRIADOR OURINHENSE DE PAINT HORSE FATURA DOIS PRÊMIOS NA EXPO BAURU 2012.

assessoria 11/08/2012 - 16:39:37 Cidade

O comerciante Neudair Simões Alvares, o LICO, criador ourinhense de cavalos da raça Paint Horse faturou dois prêmios durante a realização da Expo Bauru 2012. Segundo apurou o REPÓRTER NA RUA o primeiro prêmio foi do Reservado Grande Campeão Conformação Amador
Awesomeone Colors Fan (Awesomeone x Sadra Colors RT). Proprietário: Neudair Simão Alvarez. O segundo prêmio veio pelo seu filho Vinicius Alvares na prova do tambor.

O CAVALO AMERICANO PAINT - UM TESOURO AMERICANO

Os cavalos Paint são um toque colorido da natureza nos companheiros da humanidade desde os tempos imemoriais. Representações primitivas arranhadas cuidadosamente nas paredes das cavernas pré-históricas pelos homens provam esse fascínio pelo cavalo colorido.
O cavalo com manchas tem sido sempre representado nos trabalhos artísticos desde então. Podemos notar essa admiração em mosaicos, pinturas nas paredes, cerâmicas e jóias decoradas com a semelhança do cavalo Paint evidenciam a popularidade desses animais entre cavaleiros de todos os tempos.
Tesouros e artefatos encontrados em tumbas no Egito no quarto século antes de Cristo incluem representações do de cavalos pintados. A história pictorial e verbal das tribos errantes do deserto de Gobi contem referências extensivas dos cavalos malhados. Estas foram tribos que forneciam guerreiros temerosos a Genghis Kahn que conquistaram a Ásia e quase dominaram a Europa também. Estátuas antigas desenterradas de montes funerários na China e em locais de cidades da Índia demonstram que os cavaleiros da Antigüidade conheciam e respeitavam os cavalos Paint.
Na Europa, as grandes pinturas dos séculos 16, 17 e 18 mostram os cavalos Paint. Esses animais coloridos eram muito conhecidos e desempenhavam suas funções em situações de guerra bem como aquelas de paz também, no desenvolvimento da civilização ocidental. Os cavaleiros espanhóis neste período, aprenderam suas habilidades dos invasores mouros e tornaram-se excelentes cavaleiros.
Os cavalos domesticados chegaram ao continente americano com os conquistadores espanhóis. Cortez trouxe 16 cavalos bélicos para Vera Cruz, no México em 1519. Estes cavalos treinados para a guerra foram indispensáveis para a conquista do México. Os documentos da época indicam que pelo menos um deles era Paint.
As fazendas da Espanha colonial se desenvolveram rapidamente no início do século 16, e cavalos eram animais comuns em todas elas. Freqüentemente esses cavalos eram roubados por índios. Mais tarde esses cavalos escapavam e se desenvolviam em liberdade formando núcleos de cavalos selvagens ou mustangs que se espalharam pelas imensas planícies e forneciam aos índios tropas selvagens de onde eles podiam tirar os cavalos que precisavam. No início do século dezenove havia milhares de cavalos selvagem no oeste americano. Proeminentemente entre esses cavalos livres, de acordo com observações de viajantes do período, estavam os Paints.
Os cavalos mudaram o modo de vida dos índios das planícies, transformando-os de agricultores e dependentes de plantas a guerreiros nômades e guerreiros que a história recorda com tanto romantismo. Os comanches foram considerados pelos historiadores daquela era como os melhores cavaleiros das planícies, sempre escolhendo os PAINTS como suas principais montarias por causa das pinturas de guerra natural. Pinturas de Paints foram encontradas em peles de búfalo e vestimentas usados pêlos comanches demonstrando sua afeição pelo cavalo Paint. Também o cowboy americano demonstrou forte preferência pêlos cavalos Paint. Quando as grandes boiadas eram levadas através das estradas poeirentas do Texas em direção ao Kansas e Missouri, freqüentemente os cowboys montavam os cavalos Paint. Cantavam canções ao gado sobre a sua montaria favorita. "Adeus meu velho Paint eu estou partindo," e " Vou cavalgar meu velho Paint, e tocar o velho touro Dan," essas foram canções populares com os cowboys daquele tempo. Os artistas da época reproduziram cowboys e índios cavalgando os cavalos Paint.
Contar a origem do Paint Horse é obrigatoriamente passar pela história do Quarto - de - Milha. O Paint é derivado do QM, que também tem origem norte - americana. Ele é o resultado do cruzamento do Puro Sangue Inglês com o chamado Mustang Americano, que era o cavalo nativo e selvagem dos Estados Unidos. A colonização feita pela Inglaterra levou para o país os cavalos ingleses.
Os cavalos, além da funcionalidade, também eram usados para a diversão naquela época. Nas corridas de 400 metros, o filho do cruzamento do cavalo inglês com o nativo americano era o melhor. Por isso ele ganhou o nome de quarto - de - milha. Com a musculatura do Mustang e o sangue do PSI, o QM ganhou os Estados Unidos, indo para o mercado e gerando os mais diversos cruzamentos. Por sua vez, acompanhando as regras do study book do PSI, o QM passou a descriminar o cavalo com machas, classificado como "Artigo 53". Essa regra desprezava animais que tivessem qualquer mancha branca acima de 5 centímetros quadrados no corpo, acima do joelho do animal ou entre o canto da orelha até o canto da boca. Eles então não podiam reproduzir e eram expurgados da raça.
Segundo estimativas da American Paint Horse Association cerca de 20% dos cruzamentos de QM resultam em um cavalo pintado
Demorou muito tempo, mas no início da década de 60, os norte - americanos notaram que tinham em mãos um cavalo extremamente versátil, dócil e com a vantagem da pelagem. Ou seja, em outras palavras, um quarto - de - milha exótico. Em 1962, foi fundada a American Paint Horse Association.
Ainda hoje a Raça Paint Horse é uma das mais novas do mundo e, mesmo nos Estados Unidos é considerada como caçula entre as co irmãs. Lá, a Raça já ocupa uma das primeiras colocações no ranking de comercialização e a terceira em número de cavalos. O motivo é um só: reúne a beleza de ser um cavalo de pêlos exóticos com a versatilidade necessária para o trabalho, lazer, ou esporte.
Na América do Norte, existem hoje cerca de 500 mil animais registrados na American Paint Horse Association, e aproximadamente 60 mil criadores, e 50 mil em outros, inclusive o Brasil.
A preocupação com as modalidades de performance e com as classes amadoras, garante a manutenção do interesse pelo animal, abrindo mercado e estimulando seu crescimento.

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