V I L A M A R G A R I D A

Nadir Ferreira da Silva 27/09/2010 - 10:17:58 Artigos

Quando, vindo do Paraná, como ferroviário, transferido para Ourinhos, localizou na Vila Margarida. A vila era o reduto dos ferroviários, isto é, tanto da Rede Viação Paraná Santa Catarina da qual éramos funcionário, como também da Estrada de Ferro sorocabana. Não sei precisar com exatidão, mais julgamos, na época existia um total de aproximadamente 1500 famílias ferroviária, dividindo se entre as duas ferrovias. Razão dessa influência ali tudo era oriunda de famílias de origem ferroviária. O comércio em geral era totalmente dominado pela classe, aonde os descendentes ali se instalavam seus negócios tais como: Mercado, Açougue, Farmácia, Bares, Panificadoras, Lojas de Móveis e outras. As escolas existentes todas na totalidade eram dirigidas por professores também filhos dos ferroviários... Na época áurea existiam dois bons times de futebol “Palmeira e Vila Mar”, ambos localizados na vila. Diversas religiões com seus templos, comunidades crentes no poder superior, cada um congregando em sua igreja, sempre respeitando a individualidade soberana dos irmãos e visinhos que residiam na mesma região. No bairro havia na época diversas ruas com bom movimento, porém, a que mais se destacava era à Rua 12 de Outubro, cuja localização central, os pontos comerciais eram muito concorridos, e valorizados. Depois vinha a 7 de Setembro, 14 de Julho, 3 de Maio, 15 de Novembro, 21 de Abril e outras com menor afluência, porém, todas com suas particularidades própria. Na vila localizava a Oficina de manutenção da via férrea da Rede Viação Paraná Santa Catarina e dado a este aspecto o número de ferroviário era superior o da Sorocabana. Devido sua localização bem definida, era servida por ônibus Circular que ligava o bairro ao centro, isto em intervalo de 30 minutos. Na época, compreendendo até 1970 a cidade era servida como meio de transportes as charretes, cujos veículos predominavam o transporte de passageiros da cidade, havendo então na vila um ponto aonde seus usuários utilizavam desse meio de locomoção, para atenderem suas necessidades. Bons políticos residiam na vila, destacando entre eles o ferroviário Múcio Correia da Silva, vereador atuante que muito contribuiu com seus serviços para o próprio progresso do bairro e evolução sempre crescente. Alguns melhoramentos da cidade para atender as necessidades de seus munícipes estão ali localizados, tais como Corpo de Bombeiro, uma pequena biblioteca, um posto do Correio, um posto de saúde, em uma das escolas funcionou por muito tempo o Colégio Técnico aonde se formava seus alunos em Técnicos em Edificações, Mecânica e eletricistas e outros oferecendo para a juventude uma profissão abrangente, digna de dar a esses jovens que ali estudaram uma feliz caminhada em sua vida. Com a desativação da malha ferroviária, a vila se voltou para outras modalidades de trabalho, que até hoje torna sua vida útil. Muitos órgãos Oficiais ali se instalaram para atender as necessidades da cidade, tais como: APAE, Posto de Saúde, Sede do Sindicato Rural e outros; Hoje a vila faz parte total da vida da cidade num todo, oferecendo aos seus moradores grandes e oportunos benefícios para uma vida regada com muita benevolência reinante em todo seu território. Foi, é e continua sendo um rincão dentro da cidade, onde seus moradores têm satisfação em viver. Este trabalho é uma continuidade das mensagens que descrevemos através de nosso conhecimento o bairro mais antigo da cidade. Já fizemos menção a Vila Odilon, hoje foi a Vila Margarida, assim sucessivamente outros bairros também terá sua história por nós lembrados através de novas mensagens.

Ourinhos Setembro 2010 - Nadir Ferreira da Silva - Ferroviário Aposentado

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