PRAÇA DOS SKATISTAS PARTICIPA DA X BIENAL DE ARQUITETURA DE SÃO PAULO

Prefeitura M. de Ourinhos 25/11/2013 - 14:52:51 Esportes

Projeto da Prefeitura, assinado pelo arquiteto Gustavo Gomes, com colaboração do arquiteto e skatista Rafael Misato, está exposto no espaço principal da Bienal

Desde 12 de outubro e até 1 de dezembro, acontece em São Paulo a X Bienal de Arquitetura. O tema deste ano é “Cidade: modos de fazer, modos de usar, modos de agir”. O foco é a discussão urbana com ênfase em três pilares: mobilidade e densidade, espaço público e infraestrutura. Entre as obras selecionadas está um projeto de Ourinhos, a conhecida Praça dos Skatistas, ou, em sua denominação oficial, Praça Santa Tereza Journet. O painel de apresentação está exposto no Centro Cultural São Paulo (CCSP), próximo à estação Vergueiro do Metrô.
O projeto de reforma da Praça, elaborado pela equipe de projetos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, sob a responsabilidade do arquiteto Gustavo Gomes, contou com a consultoria voluntária do arquiteto Rafael Misato, formado pela Universidade de São Paulo (USP) e skatista desde sua infância. Segundo Gomes, a consultoria do jovem arquiteto foi fundamental para o sucesso do projeto. “O Rafael, com a experiência de esportista do skate, se empenhou para garantir a qualidade do projeto, pois desejava que a praça, que já era uma referência para a juventude ourinhense, se tornasse um marco para toda a região e para essa modalidade esportiva”, relatou.
A Praça dos Skatistas não é só uma pista com qualidade técnica, mas passou a ser um espaço de convivência para todos os jovens da cidade. Sua importância urbanística vai muito além de um local para a prática de esporte. “É um território jovem, de encontros, de pertencimento, onde a 'turma' não para de crescer. É essa característica que levou esse projeto até a Bienal de Arquitetura de São Paulo”, acredita Gustavo Gomes.

A Praça dos skatistas

A Praça dos skatistas foi construída dentro de uma praça maior (11.550 m²) anteriormente projetada pelo engenheiro Evandro Eloy, com caráter mais contemplativo, destinada a abrigar uma estufa de mudas e espelhos d'água.
As obras tiveram início em 2000 e, antes que elas fossem concluídas, o conceito de uma praça de skate surgiu como uma nova demanda para o espaço. Nesse mesmo ano a Prefeitura revisou o projeto original, construindo uma esplanada e duas rampas de concreto. A partir daí, a Praça Santa Tereza Journet começou a se tornar um centro efervescente da juventude e principalmente dos skatistas de Ourinhos, da região e de outras cidades mais distantes que participam das competições. Daí o apelido para o novo point da moçada.
Com o número de praticantes aumentando, houve a necessidade de ampliação e reforma total do espaço. “A situação topográfica logo sugeria o aproveitamento dos taludes existentes. Com a divisão do espaço em dois platôs, poderíamos implantar a praça mais gentilmente e incorporar um desnível ao desenho da pista, algo desejado pelos praticantes. Dos taludes pavimentados fizeram-se rampas e dos taludes gramados arquibancadas para as exibições e competições”, relembra Gomes.
A mesma situação topográfica faz da praça um ponto focal para espectadores na calçada e mesmo para os carros que trafegam ao redor dela. Essa grande visibilidade a faz como um palco para as exibições dos skatistas. Reconhecendo essa virtude, procurou-se não criar pontos cegos que comprometessem a relação entre a praça e a rua.
“A ideia de uma praça de skate, ao invés da usual pista de skate, estrutura-se no conceito de um ambiente de convivência, um lugar de permanência e não no pensamento utilitarista de uma lugar de passagem como remete o termo pista”, explica o arquiteto.
A Bienal de Arquitetura está em sua décima edição. Neste ano, os projetos selecionados estão sendo apresentados em locais verdadeiramente urbanos, espalhados em rede pela capital. A rede principal de espaços expositivos é composta pelos seguintes locais: Centro Cultural São Paulo, SESC Pompéia, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), Museu da Casa Brasileira, Centro Universitário Maria Antônia (CEUMA), Praça Victor Civita, Associação Parque Minhocão e Estação Metrô Paraíso (Projeto Encontros). A rede expandida inclui Casa de Francisca, Casa do Povo, Cemitério do Araçá, Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes, Teatro Oficina, Galeria Choque Cultural, Instituto P.M. e Lina Bardi e Teatro Oficina. O Centro Cultural São Paulo, onde está exposto o projeto de Ourinhos, é o principal espaço da Bienal 2013.



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