DEBOCHANDO DE NÓS TODOS E DA POLÍCIA

da reportagem 05/01/2014 - 11:48:06 Artigos

Levantamento feito pela Polícia Rodoviária Federal pós-feriados de fim de ano, informa que foram parados em fiscalizações nas estradas quase 2.000 motoristas que dirigiam sem carteira de habilitação.
Esse número nos assusta, porque mostra que há um número incalculável de pessoas (estes 2.000 somam apenas os que foram flagrados) debochando da polícia, das leis, da ordem constituída, do direito e principalmente das vidas dos próximos, uma vez que, presumidamente, qualquer destes motoristas pode-se envolver em algum acidente e dificilmente será capaz de assumir suas responsabilidades – jurídica e financeiramente.
Mas o deboche maior incide sobre todos nós, que pagamos as taxas absurdas para renovação da carteira de habilitação, temos a carteira apreendida se estiver vencida ou se ultrapassarmos os 20 pontos em infrações de trânsito, pagamos seguro obrigatório, IPVA, somos multados porque a lâmpada traseira direita está queimada, o extintor de incêndios vencido ou por trafegamos sem um para-choques que um barbeiro arrebentou numa batida dois quarteirões antes.
Além dos quase 2.000 motoristas que trafegavam sem a carteira de habilitação, some-se uma quantidade indescritível de outros flagrados no chamado “estado etílico”, ou seja, completamente embriagados. Vários dos acidentes exibiam latinhas e garrafas de bebidas espalhads no interior dos veículos, atestando as irregularidades. São pessoas que afrontam a polícia e a cada um de nós.
Qualquer dia a chamada sociedade constituída estará farta das discrepâncias legais e se rebelará contra o rigor da fiscalização para com motoristas que procuram se manter dentro dos “rigores da lei” em contrapartida aos afagos nas cabecinhas dos “coitadinhos”, “pobrezinhos”, os “marginalizados pela sociedade”. Basta assistir às filmagens feitas nas periferias ou nas cidades menores para nos “deleitarmos” com rachas de automóveis, motociclistas trafegando sem capacete e com sua moto carregada de crianças, carros equipados com altofalantes como se fossem trios elétricos – e botando o som alto para atormentar gente que trabalha e precisa dormir à noite -, acidentes provocados por gente alcoolizada que paga uma mísera fiança e volta para casa sem a mínima dor de consciência após ceifar vidas de pessoas inocentes e carros velhos trafegando sem condições nem documentação num verdadeiro deboche à sociedade.e, principalmente, exibindo a cara-de-pau dos flagrados
É destas discrepâncias e distorções que surgem os anarquistas e provavelmente os black-blocks, aqueles que contestam as leis e passam a viver sem documentos regularizados, deixam de votar, provocam o sistema político e a própria sociedade, e sobrevivem à margem das leis. Aí não adianta mais o governo reclamar!

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