VACINAÇÃO CONTRA HEPATITE B FEITA PELA SECRETARIA DE SAÚDE TERÁ FAIXA ETÁRIA AMPLIADA
Idade limite de imunização contra doença que era de 24 anos, será estendida até 29 anos, atendendo determinação do Ministério da Saúde
A partir deste mês de janeiro, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, ampliará a faixa etária de vacinação contra a Hepatite B, de 24 para 29 anos, seguindo determinação do Ministério da Saúde. No ano passado, o Ministério já havia estendido a idade limite de vacinação de 19 para 24 anos, ampliando a quantidade de vacinas compradas em 163% (83,2 milhões de unidades). A vacina também é disponibilizada pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para grupos mais vulneráveis, independente da faixa etária, tais como: gestantes, manicures, pedicures, podólogos, caminhoneiros, bombeiros, policiais civis, militares e rodoviários, doadores de sangue e coletores de lixo domiciliar e hospitalar, dentre outros. A utilização da vacina previne hepatite B, possibilitando eliminá-la como problema de saúde pública. Em 2009, foram confirmados 14.601 casos da doença no Brasil, totalizando 94.044 casos acumulados entre 1999 e 2009. De acordo com critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS), a frequência de casos encontrados da hepatite B pode ser considerada baixa no Brasil.
Quem pode se vacinar?
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, podem ser imunizadas contra a Hepatite B, as pessoas não vacinadas ou sem comprovação de vacinação anterior e as pessoas com esquema vacinal incompleto. A vacina contra Hepatite B está disponível no SUS para as seguintes pessoas:
* Menores de um ano de idade, a partir do nascimento (a 1ª dose da vacina é aplicada na maternidade) preferencialmente nas primeiras 12 horas após o parto;
* Crianças, adolescentes e jovens entre um a 29 anos de idade;
* Gestantes;
* Pessoas de grupos especiais (sem limite de idade).
Locais de Vacinação (segunda à sexta-feira - 8h30 às 17 horas)
CSI Ourinhos Postão, UBS COHAB, UBS Jd. Itamaraty, UBS Vila São Luiz, UBS Vila Brasil, UBS Vila Margarida, UBS Parque Minas Gerais e UBS CAIC.
Características da Hepatite B
A Hepatite B é uma infecção do fígado que nem sempre apresenta sintomas e pode tornar-se crônica. Cerca de 70% dos adultos expostos ao vírus da hepatite B não apresentam sintomas. Somente 30% apresentam os sintomas da forma aguda. Dos adultos infectados cerca de 5% a 10% terão hepatite B crônica, daí a importância da extensão da faixa etária dessa vacina no SUS. A transmissão pode ocorrer pela relação sexual desprotegida, pelo compartilhamento de objetos contaminados como: lâminas de barbear e de depilar, escovas de dente, alicates de unha, materiais para colocação de piercing e tatuagens, instrumentos para uso de drogas, acidentes com exposição a material biológico e procedimentos cirúrgicos, odontológicos e de hemodiálise, em que não se aplicam as normas adequadas de biossegurança.
Confira a relação completa dos grupos especiais
A relação de pessoas de grupos especiais, que executam atividades de risco para aquisição de Hepatite B, sem limite de idade, são:
* profissionais que atuam na área da saúde (público ou privado), que executam atividades de risco para aquisição de Hepatite B (incluir alunos do curso técnico e universitário);
* policiais civis e militares;
* podólogos e manicures;
* tatuadores;
* doadores regulares de sangue;
* auxiliares de necrópsia dos Institutos de Medicina Legal;
* profissionais de funerárias responsáveis pelo preparo dos corpos;
* coletores de lixo hospitalar e domiciliar;
* carcereiros de delegacias e penitenciárias;
* população carcerária;
* profissionais do sexo;
* usuários de drogas;
* pessoas com exposição a sangue de portadores de Hepatite B;
* parceiros sexuais e comunicantes domiciliares de casos de Hepatite B aguda, crônica ou portadores;
* população institucionalizada (abrigos de menores, pacientes psiquiátricos);
* vítimas de abuso sexual;
* vítimas de acidentes com material biológico;
* doadores de órgão sólidos e de medula;
* pessoas com práticas homo ou bissexuais;
* pacientes submetidos a múltiplas transfusões sanguíneas, devido à doença hematológica (hemofilia, talassemia, anemia falciforme);
* pacientes renais crônicos;
* pacientes infectados pelo HIV;
* pacientes imunodeprimidos;
* pacientes com doença de depósito;
* pacientes esplenectomizados (anatômicos ou funcionais)
* pacientes com fibrose cística (mucoviscidose)
* portadores crônicos do vírus de hepatite C e transplantados;
* trissomias (síndrome de Down, síndrome de Edwars, síndrome de Patau) - novo manual dos CRIES (2006);
* doenças de depósito (Gaucher, Niemann-Pick,mucopolissacaridose tipo I - Hurler e tipo II - Hunter, glicogenoses, Tay-Sachs, Sandhoff, Wilson, Lesch-Nyhan) - novo manual dos CRIES (2006);
* fibrose cística (mucoviscidose) - novo manual dos CRIES (2006).
OBS: A situação vacinal anterior sempre deve ser verificada, não tendo necessidade de se reiniciar o esquema quando houver comprovação documentada (caderneta de vacina, registro em prontuário, ficha de registro de sala de vacina, e outros).